Ao caminhar, ontem, pela Praça do Ferreira, monumento histórico de Fortaleza, o candidato ao governo do Estado, Eunício Oliveira (PMDB), acusou o adversário, Camilo Santana (PT), de, junto com o governo municipal, fazer “pressão” sobre as lideranças políticas e funcionários das máquinas públicas estadual e municipais para votarem nos candidatos da base governista. O peemedebista afirmou que, sendo assim, “é natural” que, nas próximas pesquisas, Camilo Santana consiga resultados mais positivos. “É natural que haja crescimento, até pelas pressões que estão fazendo com os prefeitos, comissionados e funcionários públicos. A pressão que o governo está fazendo tanto estadual como da Capital, pressionando pessoas e coagindo para votar no candidato deles”, denunciou. Ao lado do seu vice, Roberto Pessoa (PR), Eunício Oliveira afirmou também ser “natural” que seus opositores “cresçam”, em virtude do programa eleitoral no rádio e na TV. PROPAGANDA ELEITORAL Ao avaliar a primeira semana da propaganda eleitoral nas grandes mídias, o peemedebista considerou ser bastante positivo e assegurou ter boas expectativas para que cresça na pesquisa que será lançada no próximo dia 13 de setembro, pela emissora de TV Rede Globo. “Estou em um patamar bastante elevado pela vontade do povo cearense e apresentado nas pesquisas, é natural que haja um crescimento”, ressaltou. COLÉGIO ELEITORAL Sobre a estratégia de realizar caminhadas, ontem, pelo Centro de Fortaleza, Eunício ressaltou ser a Capital o maior colégio eleitoral do Estado. “É conversando com elas (as pessoas) que a gente constata todos os equívocos, como não aceitar esse Teatro de Óperas na Praia Mansa, de R$ 1 bilhão. Elas querem atendimento na saúde, na educação, querem andar nas ruas”, falou. O candidato a chefe do Executivo pela coligação Ceará de Todos criticou, em entrevista para a imprensa, as mensagens aprovadas na Assembleia Legislativa do Ceará, na última terça-feira (27), referentes à construção da Ponte Estaiada e da extinção da Secretaria Especial da Copa, para a criação da Secretaria Especial de Grandes Eventos. “Vi com muito mais tristeza, no final de um Governo, quase em setembro, a criação da supersecretaria para cuidar dos grandes eventos. O grande evento com que eu estou preocupado no Ceará, é com a seca, saúde e segurança pública”, reverberou, ponderando ainda que o governador (Cid Gomes) deveria ter criado um grupo de trabalho de trabalho relacionado à seca, segurança pública e saúde, tendo em vista os grandes problemas emergenciais. “Seria muito mais importante do que criar mais uma secretaria, para dar emprego a um apaniguado político”, retrucou. INDEPENDÊNCIA POLÍTICA Já o candidato tucano ao Senado, Tasso Jereissati, que também participou da caminhada no Centro da Cidade e que teve seu início na Praça do Ferreira, aproveitou o contato com a imprensa para afirmar que, caso seja eleito, poderá trazer de volta para o Ceará, com o seu mandato, a “independência” política. “Um senador que seja independente, que não tenha chefe e não dependa de ninguém, e que defenda, intransigentemente, os interesses do Estado do Ceará”, proferiu, salientando que, “para trazer mais recursos, para cobrar o que foi prometido e dobrar os direitos do Ceará e trazer o Ceará de volta à tona no cenário nacional que está esquecido”. Ao comentar sobre a segurança pública, o tucano classificou a área como “muito grave” e avaliou que, somente uma junção de forças por parte do governo estadual, federal, municipal e a própria comunidade civil resolverá o problema.