Bancada
Confirmada a decisão do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, de alterar a composição da Câmara dos Deputados, em razão do crescimento da população de alguns estados, a Assembleia Legislativa cearense, a partir de 2015 terá 48 deputados estaduais, em razão do aumento da bancada federal de 22 para 24 parlamentares. A composição dos legislativos estaduais guarda relação com o número de representantes do Estado na Câmara Federal, assim explicita o Art. 27 da Constituição da República.
Aumentar o número de legisladores em uma Casa viva, com os seus integrantes exercendo bem os mandatos, se fazendo merecedores dos encômios dos representados, ganharíamos todos. Os cidadãos teriam mais vozes em defesa dos seus direitos, os governantes seriam mais cobrados e fiscalizados, e a Democracia se revitalizaria muito mais.
Como se porta hoje a grande maioria dos nossos deputados, ampliar a representação proporcional é apenas dar mais espaço para o fisiologismo de políticos sem compromissos com a coisa pública. São poucos, pouquíssimos mesmo, os deputados desta legislatura que respeitam seus compromissos com o plenário da nossa Casa legislativa. As sessões são parcialmente vazias de pessoas e de ideias. Os temas levados à discussão são praticamente os mesmos: segurança, saúde e educação. E agora a seca, mas sem qualquer aprofundamento ou consistência, o que é lamentável.
Se o plenário é vazio, apesar da vigilância da imprensa, como tem mostrado o Diário do Nordeste, com certa frequência, nas comissões técnicas a situação é pior ainda, embora exista, a todo início de legislatura e ao meio dela, disputas arraigadas pelas presidências dos colegiados em razão das benesses que elas proporcionam.
Por isso, eleger dois deputados a mais para o nosso Legislativo, mantendo a situação atual, como é praticamente certo que será mantida, em nada ajudará aos cearenses.
A Câmara Municipal, neste ano, aumentou um vereador à sua composição anterior de 41. A única diferença notada com o acréscimo foi na despesa.