Todos os deputados votaram a favor da proposta do Governo. Hoje serão votadas as outras duas mensagens No primeiro dia de sessão extraordinária do Legislativo estadual, convocada pelo governador Cid Gomes, deputados estaduais aprovaram, por unanimidade, a abertura de crédito especial no valor de R$ 2,5 milhões para a realização da festa de Réveillon de Fortaleza. Ficou para hoje a tramitação de duas outras mensagens de autoria do Poder Executivo, incluídas na pauta da convocação extraordinária da Assembleia: uma que prevê a adequação dos salários dos profissionais de nível médio da Saúde e outra, a criação de 315 empregos públicos para a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), a serem preenchidos por meio de concurso público. De acordo com o Projeto de Lei aprovado, os R$ 2,5 milhões vão ser retirados do Orçamento do Estado de 2012 para pagar os gastos com a infraestrutura da festa e os cachês das 17 atrações previstas para se apresentarem na passagem deste ano para 2013. As outras despesas serão pagas com o dinheiro arrecadado com os três patrocinadores. A matéria aprovada prevê ainda que o governador Cid Gomes, caso necessário, pode suplementar, em até 25%, o crédito especial aprovado - o que corresponde a R$ 625 mil. A matéria foi aprovada por todos os parlamentares, inclusive os da oposição, como o deputado Heitor Férrer (PDT), que, em anos anteriores, criticou a realização da festa. O pedetista justificou o voto, alegando ter assumido compromisso com os fortalezenses, durante a campanha eleitoral, de que manteria a festa caso fosse eleito. "Assumi como candidato a prefeito, por entender que a festa não é da prefeita, mas da cidade e do país", defendeu. Argumentos Durante a discussão da matéria, muitos parlamentares criticaram a negativa da Prefeitura de realizar o Réveillon. Para o deputado Lula Morais (PCdoB), a prefeita Luizianne Lins "deslizou na maionese" ao não garantir a realização da festa. "Já li todos os argumentos, mas não consegui me convencer", afirmou. Na avaliação dele, somente a falta de dinheiro em caixa o convenceria como justificativa, mas, que, mesmo assim, a Administração poderia ter buscado patrocínio, como fez o governador. Já para o deputado Osmar Baquit (PSD), faltou organização e planejamento da Prefeitura, que, segundo ele, não tem recursos em caixa para pagar o evento. "Se o Réveillon é um sucesso, independentemente de quem venha ser o prefeito, deveria ter o dinheiro programado. Isso é incompetência, falta de compromisso e zelo público, principalmente com o povo", criticou. Em defesa da prefeita, o deputado Antônio Carlos (PT) avaliou as críticas dos outros parlamentares como tentativas de "isolar" Luizianne Lins e o PT. Para o petista, em anos anteriores, os deputados criticavam a realização da festa, porque ela era organizada pelo PT. O deputada utiliza o mesmo argumento de Luizianne para dizer que quando a festa terminar ela não é mais a prefeita da Capital.