Neste domingo (02), o programa Brasilidade reverencia a obra do cantor, compositor e ativista de movimentos sociais Candeia. Nascido no Rio de Janeiro, em 1935, desde a infância frequentou rodas de samba e de choro organizadas pelo pai. Aprendeu a tocar violão e cavaquinho e começou a compor com apenas 13 anos. Em 1953, com 20 anos, Candeia escreveu o primeiro samba-enredo para a Portela. A escola foi campeã no Carnaval daquele ano, com nota máxima em todos os quesitos. Candeia entrou para a Polícia Civil aos 22 anos, mas não teve carreira longa. Aos 30 anos, durante uma abordagem, levou cinco tiros e ficou paralítico. A aposentadoria precoce o levou a se dedicar ainda mais à música. A vida e a carreira do músico também foram marcadas pelo ativismo e relação com entidades do Movimento Negro. Em 1975, fundou o Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba Quilombo, que tinha como propostas defender o samba autêntico e desenvolver um centro de pesquisa voltado para o estudo da arte negra. A escola recebeu artistas como Clara Nunes, João Nogueira, Guilherme de Brito e Paulinho da Viola. Candeia teve uma vida e uma carreira intensas, interrompidas em novembro de 1978, quando o artista morreu, aos 43 anos. Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentação de Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.