Guálter George, editor- executivo de Conjuntura
A pequena vantagem de Elmano de Freitas (PT) sobre Roberto Cláudio (PSB), que o Datafolha havia detectado em pesquisa anterior, já não existe mais. Uma movimentação que se deu dentro de um quadro de empate técnico, mas, perceptível de maneira clara, pelo tamanho que era e pelo que ficou. Assim, mais do que nunca, o resultado do próximo domingo confirma-se como um mistério absoluto que somente a abertura das urnas será capaz de revelar.
A indefinição agora presente já se desenhava nas análises prévias sobre o segundo turno e deve provocar, para os próximos dias, uma elevação a níveis insuportáveis do clima que se respira nos dois comitês, que já não é dos mais respiráveis faz algum tempo.
Da mesma forma que o quadro anterior indicava um cenário favorável a Elmano, a nova realidade sorri mais para Roberto Cláudio. Seja pelo fato de apresentar uma tendência de crescimento na hora decisiva, seja no aspecto em que os novos números já absorvem uma parte boa do impacto da passagem do ex-presidente Lula pela cidade, com todo o barulho que foi capaz de gerar.
A partir de agora, mais do que pareceu antes, um passo mal dado, um erro cometido, qualquer pequeno detalhe será suficiente para levar à derrota. Os próximos dias pedem calma e competência para se tomar as melhores decisões e ganhar a parcela do eleitorado que chega à fase decisiva de uma campanha tensa ainda sem o voto definido.