Após anunciar, oficialmente, que o Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB) passa a apoiar a candidatura de Elmano de Freitas (PT) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, o presidente estadual da sigla, Haroldo Abreu, emendou uma série de queixas endereçadas ao PSB de Roberto Cláudio. Até o primeiro turno, o PTdoB estava rachado, mas o apoio oficial era dado à candidatura do PSB.
“Eles não nos trataram do jeito que a gente merecia ser tratado. Se você não se sente bem, não se sente cômodo, não tem como continuar. Pro partido ficar todo unido, decidimos ficar com Elmano”, anunciou Haroldo.
Segundo ele, após a candidatura de Roberto Cláudio começar a ganhar expressividade, o PSB teria passado a ignorar os partidos nanicos que integravam a coligação. “Ninguém falou mais com ninguém. Quando a gente queria falar com o comando da campanha, não conseguia. Tinha que falar com o assessor do assessor do assessor”, queixou-se o dirigente.
“Se agora, que estão precisando, a gente estava recebendo esse tratamento, imagine depois, se forem eleitos”, queixou-se. A executiva da legenda ainda atribuiu o “tratamento medíocre” à coordenação da campanha de Roberto Cláudio, encabeçada pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB).
Já a Elmano, foram só elogios: “O Elmano está ouvindo o povo, os partidos. Ele sempre nos respeitou”. Diante do discurso elogioso ao petista, Haroldo explicou que a decisão inicial de apoiar o PSB em Fortaleza havia partido da direção nacional do PTdoB.
Ao O POVO, um dos coordenadores da campanha do candidato Roberto Cláudio, deputado estadual José Sarto (PSB), disse que o apoio do PTdoB ao PSB era “apenas burocrático”. “A ampla maioria dos vereadores desse partido apoiou o PT no primeiro turno. Mas, os que decidiram nos apoiar, foram tratados de forma isonômica”, defendeu. (Raquel Maia - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)