Membros do partido reuniram-se com aliados do candidato a prefeito pelo PT
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Depois de alguns membros do PTC anunciarem apoio à candidatura de Elmano de Freitas (PT), hoje é a vez do PTdoB mudar de lado. Em coletiva na manhã de hoje, o presidente estadual e municipal do partido, Haroldo Abreu, deve anunciar a retirada do partido da coligação de Roberto Cláudio e o apoio à candidatura petista.
“Está confirmado, já decidimos e agora o partido vai estar todo unido no apoio ao Elmano de Freitas”, afirmou Abreu. Ele preferiu não antecipar as razões para a mudança. Na manhã de ontem, a coordenação de campanha petista já comentava a possível adesão.
“Houve uma movimentação de cúpula, muito mais jurídica do que política para o PTdoB não estar conosco, mas a base do partido nunca deixou de fazer campanha para o Elmano”, disse o coordenador da campanha de Elmano, o deputado estadual Antônio Carlos (PT).
Em menos de uma semana, o PTdoB é o segundo partido que sai da coligação de Roberto Cláudio. No fim de semana, o PTC fez o mesmo, embora não tenha passado oficialmente para a campanha de Elmano.
“Nossa decisão foi para liberar os vereadores para apoiarem quem quiserem, não para apoiar o Elmano”, diz o presidente municipal do PTC, vereador Ciro Albuquerque. O líder do grupo que apoia Elmano é o suplente de deputado estadual, Stanley Leão, que ontem, junto com outros membros do partido, formalizou o apoio ao petista.
Entre os vereadores eleitos do PTC, Lucimar Vieira, a Bá, disse a O POVO que ficará neutra no segundo turno. “Qualquer um que ganhar pra mim será bem-vindo, eu quero é paz”, disse ela. O assessor de Antônio de Sousa, o Aonde É, disse que ele continuará apoiando Cláudio. O POVO não conseguiu contato com a vereadora eleita Cláudia Gomes.
Ciro e Mendes de saídaAtuais vereadores pelo PTC, Ciro Albuquerque e Marcelo Mendes afirmam que, devido às turbulências internas da sigla, vão sair do partido até o fim do ano e, em janeiro, decidirão para qual agremiação vão seguir. Eles presidem, respectivamente, os diretórios municipal e estadual do PTC e faziam oposição à prefeita Luizianne Lins (PT). Sem mandato a partir do ano que vem e enfrentando resistência interna no partido, eles ficaram isolados. “Não posso mais continuar dentro do partido, sofri constrangimento de toda ordem”, afirma Ciro. “Terminada a eleição devo fazer manifesto saindo do partido”, explica. Marcelo diz que o PTC cresceu muito e “está em paz” após a decisão de liberar os vereadores para apoiar qualquer um dos candidatos. Porém, diz que a intervenção nacional tornou sua situação insustentável. “A partir de janeiro vou sair, tentando construir uma trajetória em outro partido”, diz o vereador.