Pela primeira vez na história do Ceará, seja em eleições estaduais ou municipais, o 2º turno confrontará dois candidatos apoiados por máquinas administrativas. O que torna essa disputa entre Estado e Município sem precedentes. Nunca houve tanto dinheiro, recursos e apoiadores poderosos envolvidos. Embate que deixará fraturas para a composição política da próxima gestão municipal e para a repactuação da base de sustentação estadual. Potencialmente aliados pelas circunstâncias federais, ambos terão feridas a curar. Com possíveis efeitos, também, para a sucessão de 2014. Mas, para além das máquinas, o fato político do dia de ontem foi o desempenho de Heitor Férrer (PDT). As pesquisas comeram mosca e erraram feio. Não identificaram o que se tornou o fenômeno desse 1º turno. Sai derrotado, mas extremamente fortalecido. Muda de status político e se projeta como a terceira via entre a polarização PT-PSB. Com potencial para talvez decidir o 2º turno.