Passada a eleição, ainda não está definido quem vai ocupar o cargo máximo do executivo municipal em Iguatu (distante cerca de 380 quilômetros de Fortaleza). Isso acontece porque o registro da candidatura de Aderilo Antunes Alcântara Filho (PRB), da coligação Fazer Mais pelos que Mais Precisa, está indeferida. Como a coligação entrou com pedido de recurso, a legislação permitiu que ele seguisse candidato e que tenha sido votado.
O registro de Aderilo foi indeferido em primeira e segunda instâncias. Agora, está para ser julgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A situação pode chegar, inclusive, ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso prossigam os recursos de uma das partes. Por isso, o ano poderá virar sem a definição do novo prefeito ou da nova prefeita.
Até o fechamento desta edição, não havia sido divulgado o resultado oficial dos outros candidatos, a deputada estadual Mirian Sobreira (PSB), concorrente direta de Aderilo, e Francisco Murilo Andrade Braga (PPS).
Extraoficialmente, a coligação do PRB computou mais de 50% dos votos válidos para Aderilo, o que significa que, caso o TSE mantenha o indeferimento do candidato, haverá outra eleição em Iguatu. Aderilo não poderá concorrer e poderá haver recurso para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) poderá lançar uma resolução disciplinando uma nova eleição, que se dará de 20 a 40 dias após a publicação da resolução, incluindo todo o processo: do registro, propaganda e realização da eleição”, explicou Fabrício Moreira, advogado da coligação liderada pelo PRB.
Caso o TSE defira o registro de candidatura de Aderilo, ele será proclamado eleito. No entanto, a coligação de Mirian Sobreira também poderá apresentar recurso ao STF, explicou.
Ainda no decorrer da apuração, Agenor e seu candidato falaram nas rádios locais em tom de vitória, sem citar que ainda precisariam passar por um processo judicial. Houve carreata, com muito barulho de buzinas e motos, mas não houve festas, pois houve acordo que só haveria maiores comemorações após todas as decisões do pleito terem sido tomadas.
Organização e ordemAs eleições em Iguatu costumam ser acirradasecom excessos. Desta vez, as duas coligações e pessoas ouvidas por O POVO foram unânimes em dizer que a Justiça Eleitoral no Iguatu conduziu o processo de forma isenta e equilibrada. “É uma das eleições mais tranquilas da história de Iguatu. Trabalho feito de maneira programada, ordenada, em parceria do Poder Judiciário e do o Ministério Público na organização de todos os eventos. Procuramos bater a poluição ambiental, de grupos armados, distribuição dos espaços públicos para propaganda, acompanhamento pessoal de todos os eventos”, comentou o juiz eleitoral.
O advogado da coligação liderada pelo PRB, Fabrício Moreira, manteve o discurso.”Estamos vivenciando um dos pleitos mais tranquilos. Foi um trabalho extraordinário da Justiça Eleitoral. Não temos um inquérito policial registrado. Não houve um boletim de ocorrência”, afirmou. O POVO confirmou com a polícia que não houve boletins de ocorrência, nem inquérito policial no período da campanha. CIDADE CIDADÃ
ORDEM E RESPEITODiferente de outros anos, Iguatu teve uma eleição tranquila, apesar dos impasses jurídicos DECISÃOOs candidatos aguardarão decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre o caso de Iguatu