Como o primeiro turno afetará o segundo
Eleição definida só com voto na urna, mas todas as pesquisas apontam na mesma direção. Qualquer segundo turno que não seja entre os dois candidatos com máquina será monumental surpresa. Nunca convém subestimar a capacidade do eleitor da Capital de contrariar prognósticos, mas a subversão da tendência apontada estaria fora até dos padrões fortalezenses de contrariar a lógica. Moroni Torgan (DEM) até resiste com certo vigor. A queda é constante, mas lenta. Caiu 10 pontos desde julho, enquanto os líderes subiram 20 no mesmo período, segundo o Datafolha. A distância do candidato do DEM em relação aos líderes permanece no limite do máximo da variação da margem de erro. Mas o Datafolha considera estatisticamente improvável o empate técnico com Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB), por se tratar de situação-limite. Isoladamente, os números até indicam que Moroni está vivo na briga pelo segundo turno. Seu problema maior é a queda constante, que jamais conseguiu reverter.
O segundo turno será outra eleição. Mas, para Elmano e Roberto Cláudio, a briga pela dianteira envolve, sobretudo, a vantagem psicológica e simbólica. É essa a batalha que travam nesses últimos dias.