Parlamentares têm se organizado, nas Casas Legislativas locais, para manifestar repúdio contra o filme “Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira Tentação de Cristo”. Na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), pelo menos 38 dos 43 vereadores chegaram a assinar uma nota, de iniciativa de Jorge Pinheiro (DC), condenando a Netflix, serviço que se encarrega por disponibilizar o conteúdo na internet. Na versão do filme, Jesus é gay e Deus é mentiroso e forma triângulo amoroso.
Dr. Eron (PP), um dos vereadores que assinaram a mensagem, criticou a produção no plenário da Câmara, na manhã de ontem (12). De acordo com o parlamentar, não se pode admitir tamanho desrespeito com a fé cristã. “Não sou conservador e na política me denomino cristão e de centro-esquerda. Mas aqui não se trata de discussão política, e sim de um grande debate nacional em que a gente não pode aceitar tamanho desrespeito. Eu já cancelei a minha assinatura na Netflix e o vereador Jorge pode contar com o nosso apoio para o envio de moção de repúdio”, afirmou.
Assinaram a nota de repúdio de Jorge Pinheiro, além do próprio, os vereadores: Raimundo Filho, Bá, Emanuel Acrizio, Frota, Prof Eloi, Mairton Félix, Claudia Gomes, Evaldo Costa, Dr, Eron, Ruthmar, Casimiro Neto, Esio Feitosa, Renan Colares, Jorge Pinheiro, José Freire, Didi Mangueira, Paulo Martins, Odecio Carneiro, Carlos Dutra, Dr, Porto, Reginauro, Priscila Costa, Gardel Rolim, Adail Jr, Michel Lins, Benigno Jr, John Monteiro, Plácido Filho, Dummar Ribeiro, Carlos Mesquita, Zier Ferrer, Marcelo Lemos, Julierme Sena, Márcio Cruz, Marília do Posto e Ana do Aracapé – que está substituindo a vereadora Priscila Costa, que pediu licença de 120 dias de seu cargo na CMFor.
Assembleia
Na Assembleia Legislativa (AL), a deputada estadual Dra. Silvana (PL) também se pronunciou sobre o assunto no plenário. “Estou cansada de ver a lei ser desrespeitada em nome da liberdade do que chamam de arte. Esses comediantes insultam nossa fé”, avaliou a parlamentar, pontuando que “esses pseudoartistas confundem arte com excremento moral”.
Ela salientou ainda que o deputado federal Dr. Jaziel (PL-CE), seu esposo, escreveu uma nota de repúdio a respeito do filme. “Um filme vagabundo e imoral como este não pode ser considerado normal. Não assistam e nem deixem que seus filhos assistam, pois a Netflix tem medo de perder sua audiência”, aconselhou.
Na mesma ocasião, o deputado Fernando Hugo (PP) concordou com a colega e sugeriu que o filme fosse punido pela lei. “Elabore requerimento para enviarmos ao presidente do supremo Tribunal Federal, que na forma da lei, providencie a punição para tal ato. Não adianta só reclamarmos, temos que tomar providências”, opinou.