O deputado vai precisar do apoio dos colegas para se livrar de punição na Assembleia Legislativa
Foto: Isanelle Nascimento
Se arrastando desde junho, quando o deputado do PSL protocolou no Ministério Público Estadual denúncia sem provas contra Nezinho Farias (PDT) por suposto envolvimento deste com uma facção criminosa, o caso de André Fernandes começa a ganhar contornos de decisão a partir da próxima semana.
Revisora do subconselho responsável pela instrução do processo no Conselho de Ética, Fernanda Pessoa (PSDB) devolveu, ontem, à relatora Augusta Brito (PCdoB) o documento que fundamenta o pedido de suspensão do parlamentar por 30 dias.
Embora reconheça que o teor da punição já seja de conhecimento público, Augusta prefere respeitar o sigilo do relatório até que ele seja lido na reunião prevista para a próxima quarta-feira (27).
Fernanda Pessoa (PSDB) confirma que deve acompanhar o voto da relatora. “É uma forma das pessoas entenderem que para você ser deputado tem uma série de responsabilidades. Não adianta a gente receber qualquer tipo de denúncia, fake news, e sair espalhando”, justificou.
Presidente do subconselho, Sérgio Aguiar (PDT) pretende oficiar, até amanhã, os demais integrantes do colegiado e o próprio André. “No subconselho, a gente encerra as atividades, provavelmente, seguindo todos os prazos, na quarta-feira, e aí acredito que até o fim desse período legislativo teremos uma decisão, passando pela votação do relatório no próprio Conselho, encaminhamento à Mesa Diretora e votação em plenário”, explica. Quanto ao conteúdo do relatório de Augusta, preferiu não opinar.
Em Brasília
Em viagem à Capital Federal para participar de articulação do novo partido de Jair Bolsonaro (PSL), André Fernandes volta a Fortaleza na sexta-feira (22). “Estou por fora de tudo. Ainda não fui intimado. Só posso fazer minha defesa após o relatório”, disse André por telefone.