A atuação de médicos no Estado do Ceará foi tema recorrente nos pronunciamentos da Assembleia Legislativa (AL) de ontem (1º). As declarações foram dadas durante a sessão plenária da Casa.
Dra. Silvana (PR) defendeu, na ocasião, uma maior fiscalização da conduta médica na rede de saúde pública do Estado. Ela mencionou o caso de uma senhora de idade que foi atendida no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). “A paciente idosa veio de Itapajé com quadro hipertensivo e suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC) para o HGF já tarde na noite. O médico plantonista disse que não era caso para o hospital e mandou a paciente de volta, sem sequer tranquilizá-la”, relatou.
Dra. Silvana criticou a conduta do plantonista do HGF. “Independente de não ser um AVC, a paciente era idosa e estava com a pressão altíssima. Ela precisava ser tranquilizada, pois não sabia o que tinha. Se ele sabia o diagnóstico, por que não fez a receita e orientou a paciente? Falta humanidade nele”, reclamou, ressaltando que casos como esse precisam ser denunciados e processados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Já o deputado Fernando Hugo (PP) cobrou que o Governo do Estado implante o plano de cargos e carreiras para os profissionais de saúde do Ceará. Segundo ele, essas pessoas ficam sobrecarregadas para conseguir ganhar um valor “digno”. “Sem criar uma carreira para esses profissionais, não adianta cobrar qualidade no atendimento nos postos de saúde”, pontuou.
Ele lembrou que é a terceira vez que fala sobre isso na Casa. “Vou apresentar novamente um projeto de indicação para que seja implantado o plano de cargos e carreiras”, disse.