Crescimento de Roberto e Elmano será contínuo? Com a divulgação hoje da pesquisa O POVO/Datafolha e dos números do Ibope, veiculados ontem pela TV Verdes Mares, já é possível projetar a evolução dos candidatos a prefeito de Fortaleza, diferentemente do que ocorria no Vox Populi. O Datafolha traz o cenário mais recente e, portanto, mais consolidado. A pesquisa foi feita anteontem e ontem, enquanto o Vox Populi foi a campo entre sábado e segunda-feira. E o Ibope, entre segunda e quarta-feira. Mesmo com as diferentes de metodologia, amostra e data, as variações entre os números de cada competidor em um instituto e outro estão todas dentro da margem de erro, considerada a oscilação para mais ou para menos. Como último a ir a campo, o Datafolha sinaliza o cenário mais cristalizado de crescimento dos candidatos das duas máquinas governistas e o distanciamento em relação ao bloco de trás. Efeito óbvio do início do Horário Eleitoral. Esse primeiro e considerável impacto era previsível. A questão é saber se será contínuo – o que nada garante - e em que intensidade. Nessa questão está a resposta para a pergunta crucial dessa campanha: os ex-aliados PT e PSB irão ao segundo turno? NOVO CONFLITO ENTRE DIRIGENTES DO PSBPouco mais de um ano após a destituição de Sérgio Novais da presidência do PSB de Fortaleza, a legenda vive novo conflito entre seus dirigentes. O estopim que faz o assunto vir a público é a distribuição dos espaços dos candidatos a vereador no Horário Eleitoral. Mas a reclamação é de que a insatisfação já ocorre há mais tempo. O autor das críticas é o ex-vereador Paulo Mindello, 1º vice-presidente do PSB municipal. Ele reclama que o presidente Karlo Kardozo, que substituiu Novais após a destituição, atua para favorecer a candidatura do também ex-vereador Rogério Pinheiro. “O presidente municipal do partido, Karlo Kardozo, é um stalinista. Usa os mesmos métodos que reclamava do ex-presidente Sérgio Novais”, acusa Mindello. Ele afirma que a situação não começou agora. Segundo ele, o dirigente já marcava reuniões para horários inconvenientes e só chamava quem queria. Com o início do Horário Eleitoral, Mindello disse ter sido informado de que o critério de aparição seria a densidade eleitoral. Ele chegou a aparecer no primeiro dia, ao lado de candidatos como Helder Couto, Salmito Filho, Elpídio Nogueira e o próprio Rogério. Após a primeira aparição, o ex-vereador reclama de nunca mais ter tido espaço. E ele lembra que teve votação maior que a de Rogério Pinheiro em todas as eleições em que os dois disputaram. Haveria ainda, segundo afirma, outros candidatos, com histórico de votações bem menores que os dele, que já apareceram duas vezes. E se queixa de que demorou um mês para receber o carro de som a que teria direito, como os demais concorrentes tiveram. E isso após seu assessor “fazer um verdadeiro escândalo”. “Para o Rogério, é muito cômodo. Se resguarda debaixo da figura do Kardozo”, diz. Mindello afirma que tentou tratar do assunto internamente, mas o presidente não teria atendido suas ligações. “Não posso ser desleal ao partido, mas não posso ser desleal a mim mesmo. Estou cumprindo com meu dever ético. Calei demais, suportei demais”. Ele faz questão de ressaltar, entretanto, que o assunto não tem relação com o candidato do partido a prefeito. “Continuo apoiando Roberto Cláudio. Isso não tem nada a ver com a candidatura dele. Confio nele, peço voto para ele”.