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Coluna Erico Firmo - QR Code Friendly
Terça, 09 Julho 2019 04:47

Coluna Erico Firmo

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Os movimentos no grupo governista para a eleição de prefeito de Fortaleza sinalizam preferência por um dos quadros da administração. Samuel Dias é o primeiro da fila, como tem ficado evidente e a coluna já comentou. Ocorre que isso causa reações entre o núcleo político.   Em entrevista ontem ao jornalista Luiz Viana, na rádio O POVO CBN, José Sarto (PDT) mediu as palavras. Não se colocou como pré-candidato. Experiente, o presidente da Assembleia Legislativa sabe que, nessas coisas, quem mais se coloca acaba sendo o primeiro a ser descartado. Ao mesmo tempo, não descarta uma posição ambicionada por quase todos. Disse, portanto, que seria uma honra. Procura a medida exata entre não demonstrar que quer demais nem aparentar que não quer.   Sarto durante décadas foi coadjuvante de luxo no grupo. Este ano, ganhou protagonismo. É presidente da Assembleia Legislativa e tem um aliado, Antonio Henrique (PDT), como presidente da Câmara Municipal. Há anos ele buscava uma posição ou emplacar um apadrinhado na outra. Após seguidas frustrações, conseguiu as duas posições. O comando das duas mais importantes casas legislativas do Ceará raramente esteve sob comandos tão afinados.   Ele não está entre os favoritos para concorrer em 2020. Mas, convenhamos, não há nome natural, óbvio ou consolidado. Há, até agora, um laboratório do prefeito Roberto Cláudio (PDT). Sarto não pode ser descartado. Na hipótese de não ser ele o escolhido, deverá ser ouvido, em algum grau, na definição.   Um aspecto determinante nesta questão política: com exceção da era Juraci Magalhães (1990-2004), todos os prefeitos eleitos desde a redemocratização eram deputados estaduais: Maria Luiza Fontenele (1985), Ciro Gomes (1988), Luizianne Lins (2004) e Roberto Cláudio (2012). Só não valeu para Juraci, que herdou o cargo de Ciro e voltou em 1996, e para Antonio Cambraia (1992).   Sarto não só é deputado como é presidente da Assembleia. Como Roberto Cláudio era ao virar prefeito. O atual presidente já ganhou um espaço nobre do grupo. Mas, está numa posição que, pelo histórico, credencia à candidatura.   Hoje, larga atrás de Samuel Dias e depende de o secretário de Governo não se viabilizar.   Bolsonaro e a recorrente lição que os políticos não aprendem   O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi vaiado no Maracanã. Houve aplausos também. Abafados pelas vaias, muito mais numerosas. Ele foi festejado pela maioria dos jogadores. E houve gritos de "mito", tímidos e logo abandonados. Houve xingamentos, também. Os que estão registrados são menos grosseiros que os destinados a Dilma Rousseff (PT) na abertura da Copa de 2014. Como marca política da final da Copa América, ficou a vaia ao presidente.   Não era difícil prever que ele seria vaiado. Não necessariamente pela popularidade do presidente, ou falta dela. Mais pelo ambiente. "No Maracanã, vaia-se até minuto de silêncio e, se quiserem acreditar, vaia-se até mulher nua", ensinava Nelson Rodrigues.   Partiu de Bolsonaro a iniciativa de usar a reação do público no Maracanã como teste de sua popularidade e do ministro Sergio Moro. Não faz sentido (que amostragem seria essa para aferir a aprovação de um governo?) e não foi muito inteligente. A vaia era o esperado.   A vaia a Bolsonaro agora, como o xingamento a Dilma há cinco anos, não necessariamente significa a desaprovação do governo. Pode ser que sim, pode ser que não. O certo é que há uma justa reprovação à exploração politiqueira do esporte. Tem coisa mais deslocada, mais fora de lugar, do que o presidente segurando a taça ao lado dos jogadores? Como se campeão fosse? A velha e carcomida tentativa de surfar na popularidade alheia e no mérito dos outros, sem ter contribuído em rigorosamente nada para aquilo. A vaia é merecida.   Bolsonaro afirmou que caberia ao povo - o "povo" que pagou uma nota para ir ao Maracanã - dizer se ele e Moro estão certos ou não. Ao fazer esse quase desafio ao maior estádio do Brasil, o presidente mostra que acreditou no próprio mito.
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