Grupos de apoiadores do governo Bolsonaro e do ministro Sérgio Moro realizam um ato na Praça Portugal, na Aldeota, na tarde deste domingo (30), a favor da Reforma da Previdência, do pacote anticrime e do decreto das armas. Os manifestantes direcionam o protesto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a parlamentares que impuseram derrotas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso.
Usando camisas com as cores da bandeira do Brasil, faixas e cartazes com palavras de apoio aos procuradores da Operação Lava-Jato, os manifestantes gritam palavras de ordem, enquanto outros apoiadores discursam para o público em cima dos carros de som ao redor da praça. A organização do evento estima que 7 mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.
O senador Eduardo Girão é um dos criticados no ato por ter votado pela derrubada do decreto de armas no Senado. O ato teve início com uma oração pelo governo Bolsonaro, seguida do hino nacional.
Em cima do trio, representantes de movimentos de direita intercalam discursos e músicas de apoio ao governo. Sete grupos assumem a organização do evento. Movimentos Endireita Fortaleza, Conexão Patriota, Consciência Patriótica, Brasil Indignado, Brasil Conservador, Ordem e Progresso, e Instituto Democracia e Ética
Marcelo Marinho, coordenador do Movimento Vem Pra Rua, reforça o apoio à Reforma da Previdência, por meio da qual ele acredita que a economia do País vai alavancar. "Nós temos que manter o máximo possível da proposta original da Reforma da Previdência apresentada pelo relator, porque se ela for afetada com emendas, corre o risco de a economia que se pretende alcancçar não venha a acontecer", disse.
Sobre o vazamento das mensagens divulgado pelo site Intercept ele foi enfático ao dizer que confia no Ministro Sérgio, não descartando a hipótese de punição caso ele tenha alguma culpa. "Tudo está sendo investigado, sabemos que o Intercept é ligado à esquerda, mas se houver algo de errado, o Ministério Público está aí para intervir. Temos que dar o voto de credibilidade. Se ele for culpado (Sérgio Moro),ele vai responder", concluiu.
O deputado André Fernandes (PSL) além de manifestar apoio ao presidente, ressaltou que está tranquilo em relação à defesa que terá que apresentar ao Conselho de Ética em relação às declarações que deu na Assembleia Legislativa nas últimas semanas, sobre o envolvimento de parlamentares com facções criminosas.
"Estamos aqui para declarar apoio à todas as medidas previstas do governo Bolsonaro. São várias reformas que o nosso Brasil precisa e que infelizmente o congresso apoiado por esquerdistas acaba atrapalhando. Voltamos à rua para dizer que estamos 100% com Bolsonaro. Não existe racha quando se trata de Brasil. O movimento não é composto pelo partido, é pelo povo querendo mudanças a nível nacional. A defesa está feita não tenho nenhuma apreensão até porque agi dentro da lei, vamos continuar agindo rigorosamente contra a bandidagem", afirmou.
Manifestações pelo Brasil
Em São Paulo, manifestantes se reúnem para ato com cinco carros de som na Av. Paulista.
No Rio, os manifestantes ocupam quatro quarteirões da orla de Copacabana e cantaram o hino nacional.
Em Brasília, manifestantes levam para a frente do Congresso Nacional bonecos infláveis gigantes representando, por exemplo, Moro, o ex-presidente Lula e o ministro do STF Gilmar Mendes.
Já em Belo Horizonte, manifestantes se reúnem na Praça da Liberdade e soltam balões.