Apostando a própria cabeça
Com as dificuldades econômicas do estado avantajadas pelo crivo satânico do deputado Mauro Filho, Camilo Santana acatou argumentos do seu auxiliar para abraçar uma política de recessão sem se tornar escravo da tirania. Por sua iniciativa a Assembleia Legislativa apreciou esta semana dois projetos fazendo justiça a funcionários da Ematerce e do Detran, aprovando Plano de Cargos e Carreira, corrigindo distorções salariais nas duas autarquias. Contrariando a máxima de mais taxas e mais impostos do titular do Planejamento da nova ordem econômica, Camilo Santana deixou claro que na sua gestão nenhuma injustiça será cometida contra servidores públicos. Por sua incumbência a equipe econômica estuda novas regras para a aplicação do dinheiro público com ressalvas de prioridades para saúde, educação e segurança, sem esquecer a possibilidade de recuperação salarial do funcionalismo dentro do princípio da reposição inflacionária. O Governador entende que a sua gestão tem uma tarefa própria a cumprir. Numa conversa franca com este colunista no final no mês passado, deixou claro que a ameaça de um quadro recessivo para o País não o encontrou desarmado. Ele se mostrou seguro afirmando que não pretende fazer só um governo de transição, mas sim uma gestão que assegure paz e bem-estar para a família cearense, mesmo que isso possa custar a sua própria cabeça.
Efeito colateral.O presidente José Sarto, a quem caberá administrar demandas de insatisfação vindas de todo o Estado, acompanha de perto possíveis efeitos colaterais do que poderia ser confundido com mais um imposto. Ele próprio presidiu a votação da proposta que regularizou a cobrança de tributo na comercialização de produtos adquiridos via internet ou por entrega delivery. O Psol pela fala de Renato Roseno quis tocar fogo no assunto, mas não logrou êxito.