Gonzaga e José Maria fizeram visita ao O POVO
FOTO: MAURI MELO
Nessas eleições, o objetivo da candidatura de Francisco Gonzaga (PSTU) à Prefeitura de Fortaleza é mostrar para os moradores da Capital que as atuais gestões municipal, estadual e federal são uma continuidade da exploração dos trabalhadores em prol dos interesses econômicos dos “grandes burgueses”. A ponderação é do presidente nacional do PSTU, o metalúrgico José Maria de Almeida, que visitou O POVO, na tarde do último sábado.
Durante a entrevista, José Maria, que começou a sua militância política ao lado do ex-presidente Lula (PT), criticou o modelo de administração petista Brasil afora e apontou que os candidatos que disputam as eleições em Fortaleza, “que se dizem de partidos de esquerda”, como Elmano de Freitas (PT), Inácio Arruda (PCdoB) e Roberto Cláudio (PSB), possuem base de sustentação nas três esferas de poder.
“Em todas as campanhas, o conteúdo político é sempre o mesmo. Mudam apenas algumas figuras. E às vezes”, criticou o presidente da legenda, ao acrescentar que esses postulantes tiveram “a oportunidade de fazer e não fizeram nada”.
Ainda na sua análise da conjuntura política local, José Maria ressaltou que as candidaturas do DEM e do PSDB, apesar de não estarem na base do atual governo, também já governaram e não atenderam os interesses da classe trabalhadora.
A única sigla que quase escapou das críticas do metalúrgico foi o Psol, considerado por ele um partido que “está na esquerda de verdade”, mas que não esteve em consonância com o PSTU durante a greve dos trabalhadores da construção civil.
Uma nota de esclarecimento lançada pelo Psol durante a greve foi, segundo ele, o motivo pelo qual não teria sido possível a construção de aliança política entre os partidos nesse pleito. “O Psol disse que não tinha nada a ver com a greve. Temos que saber qual é o nosso lado na trincheira”, afirmou o metalúrgico, ponderando que respeita o candidato Renato Roseno (Psol) e que o PSTU não fará “campanha contra ele de forma alguma”.
Greves federaisAs atuais greves de várias categorias de servidores públicos federais, que vêm ocorrendo desde maio, contam com o apoio do PSTU, inclusive em Fortaleza. “Há 10 anos não conseguíamos um grave unificada e isso é um processo de luta importante para a valorização desses trabalhadores”, disse José Maria. De acordo com ele, outras mobilizações grevistas estão ocorrendo em Belém, no Pará, e em Recife, no estado de Pernambuco. O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Em um possível governo do PSTU em Fortaleza, José Maria garantiu assegurar “uma vida digna” aos trabalhadores, com direitos básicos como transporte público de qualidade, saúde e educação.