Foi aprovado por unanimidade o Tombamento definitivo do Palacete Jeremias Arruda, durante a 1ª Reunião Ordinária de 2019 do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa), na última quarta-feira (20).
O prédio que abriga a Sede do Instituto do Ceará (com projeto atribuído ao Arquiteto João Sabóia Barbosa), já foi a residência do Barão de Studart. De acordo com o Arquiteto e professor Dr. Liberal de Castro, em 1967 o Instituto passou a funcionar em sua sede definitiva, à rua Barão do Rio Branco, n. 1594.
“Esta é uma data importante para a preservação deste bem e patrimônio cultural, nordestino e brasileiro. E, foi exatamente este local que o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa) escolheu para apresentar este fato histórico de fundamental importância para o nosso Estado”, destacou o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba.
Além do tombamento do Palacete, o Conselho votou favorável à homologação do Resultado Final do Edital Tesouros Vivos da Cultura do Estado do Ceará.
História
O instituto do Ceará foi fundado em 1887 e funciona até os dias do hoje. Tendo seu fim específico de estudar a História, a Geografia, a Antropologia e Ciências Correlatas relativas ao Estado do Ceará. Barão de Studart é considerado seu patrono.
O Instituto funcionou, a princípio, na Biblioteca Pública, que ficava na rua Sena Madureira, nos fundos do Liceu, prédios que foram substituídos pela atual secretaria de polícia.
Em 1896 passou para o térreo da antiga Assembleia; esteve na rua Floriano Peixoto e na própria residência do Barão de Studart na rua Barão do Rio Branco, 712; em 1934 teve sua sede na rua 24 de maio, depois voltou para a Assembleia; em 1951 foi para o Museu, onde depois foi o Fórum, na avenida Alberto Nepomuceno, até que, em 1956, o Governador Paulo Sarasate autorizou a instalação do Instituto no prédio do Grupo Escolar Rodolfo Teófilo, atualmente, FEAAC, por cessão e comodato datada de 29 de Outubro, e que ali permaneceu até 1967, quando este foi negociado com a UFC, indo o Instituto para sua sede definitiva, à rua Barão do Rio Branco, número 1594 (palacete do antigo comerciante Jeremias Arruda, de projeto atribuído ao Arquiteto João Sabóia Barbosa, conforme declaração de Dr. Liberal de Castro, arquiteto e professor de renome), onde entrou a 12 de setembro, em solenidade comemorativa do primeiro aniversário da administração do Governador Plácido Castelo (o reitor era o Dr. Fernando Leite e o Presidente do Instituto o Dr. Tomás Pompeu Sobrinho.