Na Assembleia Legislativa, os dias têm sido agitados, diante da intenção dos parlamentares de realizar todas as votações pendentes até hoje. Hoje deve ser discutida em plenário a Lei Orçamentária do Estado para 2019. Ontem, foram aprovados mais de 18 projetos, incluindo a reforma administrativa (que prevê a extinção de seis secretarias e 997 cargos comissionados). Os parlamentares também aprovaram matéria que fi xa os subsídios de membros do Judiciário e do Ministério Público.
Desde ontem, os deputados têm tido ritmo acelerado, tanto nas comissões da Casa como no plenário. A correria para realizar as votações se refl etiam em parlamentares ainda lendo as emendas no plenário enquanto a votação já ocorria. A discussão das matérias também não foi recorrente. Poucos parlamentares têm utilizado a tribuna durante as votações.
Para Tin Gomes, primeiro vice-presidente, o dia hoje deverá ser ainda mais movimentado. “Vai ser um pouco mais aperreado, porque tem o volume”, afirma.
Com matérias de grande porte para serem votadas, o presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PDT), afirmou que os trabalhos podem se estender até a madrugada. “Nós estamos correndo para dar conta e espero que até amanhã (hoje), não sei que horas, a gente possa concluir os trabalhos”, explicou.
Segundo ele, o tempo curto não atrapalha a discussão das proposições. “Se fossem matérias polêmicas, teria que dar mais um tempo, mas nós não temos uma matéria polêmica esse ano”, aponta.
Capitão Wagner (Pros) discorda da posição do pedetista. “Acabou por prejudicar o debate, acabou por prejudicar as matérias. (...) Acho que é ruim pra Casa, é ruim para o próprio Estado debater dessa forma, célere, muitas matérias ao mesmo tempo. “, critica. O deputado estadual, que foi eleito para assumir mandato na Câmara Federal a partir de 2019, argumenta que a rapidez das votações deve trazer problemas para os deputados e exigir correções na próxima legislatura.
Luana Barros