Os anúncios de que General Theophilo e Dra. Mayra vão integrar o governo federal de Jair Bolsonaro a partir de 2019 gerou repercussão positiva entre os parlamentares do PSDB no Ceará. Ambos disputaram cargos majoritários nas eleições deste ano pela legenda, não tendo, contudo, sido eleitos.
O deputado estadual Carlos Matos parabenizou, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de ontem (5), os dois colegas. Na opinião do parlamentar, a convocação sinaliza um bom futuro para o País, pois são pessoas competentes que sempre serviram ao Estado e agora poderão dar sua contribuição para todo o Brasil. “Algo novo precisa acontecer e espero que o trabalho desenvolvido por esses dois cearenses chegue ao nosso Estado para trazer melhorias”, declarou.
A também deputada Fernanda Pessoa parabenizou não só os dois ex-candidatos, como também o deputado Danilo Forte, escolhido para atuar como articulador do Nordeste. Para ela, os políticos do Estado vão assumir funções importantes na equipe do novo presidente, e tanto o Ceará como o Brasil vão ganhar com suas indicações. “São pessoas respeitadas, competentes e com olhar sensível e técnico para os desafios do País”, exaltou a parlamentar.
Já o vereador Pedro Matos, também integrante da legenda, destacou que as escolhas dos ministros Sérgio Moro e Luiz Henrique Mandetta foram “técnicas e suprapartidárias”. “Queria hoje parabenizar as indicações técnicas escolhidas pelo Ministro Sérgio Moro e Mandetta que escolheram dois cearenses da maior qualidade”, disse ele.
Na mesma ocasião, o parlamentar pediu ainda o apoio dos colegas para aprovar uma matéria de sua autoria que pede a outorga da Medalha Boticário Ferreira a General Theophilo.
Conforme anunciado na última terça-feira (4), o General ficará na chefia da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), sob o Ministério da Justiça, e Mayra na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde.
Tasso
Theophilo e Mayra disputaram as eleições deste ano no Ceará apoiados principalmente pelo senador Tasso Jereissati (PSDB), principal cacique político do grupo no Estado. Tasso, no entanto, já havia declarado durante o período eleitoral que faria oposição a Bolsonaro caso o capitão reformado conseguisse a eleição – do mesmo modo que se comprometeu a opor o PT, caso o adversário Fernando Haddad (PT) viesse a ganhar a disputa.
Tasso também considera que o grupo político de Bolsonaro “é muito perigoso” e dá sinais de articulação em torno de um grupo de oposição ao novo governo no Congresso Nacional.