Paulo César Norões: Sucessão debaixo de 7 chaves
Assim como na Câmara de Fortaleza - cuja decisão poderá ser anunciada hoje -, a sucessão na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa deverá sair de um consenso. Muita gente quer a cadeira hoje ocupada por Zezinho Albuquerque. Inclusive ele mesmo. E há quem jure de pés juntos que essa parada já está decidida em favor do atual presidente. De fato, a proximidade e a confiança dos Ferreira Gomes lhe garantem vantagem na disputa. Além disso, poderia ser uma compensação pelo fato dele, a exemplo de 2014, ter ficado de fora da chapa majoritária na ultima eleição.
Contra Zezinho, o argumento de que ele já emplacou três mandatos consecutivos - o que, por si só, já é um fato inédito na Assembleia. Seria hora, defendem alguns deputados da base, de dar a vez a outro. E quem seria esse outro? Bem, ao contrário da última disputa, ninguém se lançou oficialmente. Talvez para não passar pelo constrangimento de Sergio Aguiar, que teve a candidatura estimulada em 2016, mas acabou atropelado pela decisão das lideranças governistas pela reeleição de Zezinho. Imbróglio que provocou traumas e até a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios. Menos mal que os ânimos foram serenados e os protagonistas do racha até já voltaram às boas e estão todos de volta à sombra do Abolição.
Para não ocorrer nada parecido é que as tratativas agora ocorrem longe dos holofotes. E sem nenhuma pressa, posto que a eleição da Mesa só acontece no início de fevereiro.