Com apenas nove parlamentares reeleitos, a bancada cearense na Câmara dos Deputados terá uma renovação de 60% a partir de janeiro. A votação mais expressiva foi a do então deputado estadual Capitão Wagner (Pros), que conquistou mais de 303 mil votos, consolidando-se como um dos principais nomes da oposição do Estado.
O segundo lugar ficou com o atual vereador Célio Studart (PV), que teve teve quase 209 mil votos. Em 2016, ele foi eleito para a Câmara Municipal de Fortaleza como o mais bem votado, com quase 40 mil votos.
Compondo o time dos cinco mais bem votados, estão Luizianne Lins (PT), José Guimarães (PT) e Mauro Filho (PDT). Vaidon Oliveira (Pros), com pouco mais de 30 mil votos, foi menos votado, mas conseguiu uma das cadeiras da Câmara graças ao expressivo resultado de Wagner.
Vaidon recebeu menos votos do que todos os dez deputados federais que não se reelegeram: Ronaldo Martins (PRB), Aníbal Gomes (MDB), Adail Carneiro (Podemos), Gorete Pereira (PR), Chico Lopes (PCdoB), Danilo Forte (PSDB), Cabo Sabino (Avante), Raimundo Matos (PSDB) e Antônio Balhmann (PDT) e Odorico Monteiro (PSB).
Uma das surpresas foi a eleição de Heitor Freire (PSL), aliado do presidenciável Jair Bolsonaro, que conquistou quase 100 mil votos. Roberto Pessoa (PSDB), atual vice-prefeito Maracanaú, também assume uma cadeira, e torna-se o único tucano da bancada cearense.
O PDT continua tendo o maior número de representantes na Casa, com seis deputados, dois a mais do que na legislatura atual. O PT continuou com seus três deputados, e o Pros de Wagner apenas dois. Os outros partidos ficaram com um representante cada, inclusive o do senador Eunício Oliveira (MDB), que não conseguiu reeleição. De forma geral, a divisão de forças entre as legendas permanece a mesma.
LETÍCIA ALVES