Mediocridade e indecisão
No momento em que 147 milhões de eleitores aguardam o momento de cumprir com o dever cívico do voto, a maioria se encontra na maior indecisão para o pleito eleitoral. A produção medíocre das Assembleias Legislativas Estaduais, assim como dos quadros do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, poderá contribuir para o mais alto percentual de votos nulos, brancos e abstenções da nossa História. Esse lastimável registro vai se repetir para a escolha do futuro presidente da República. Dentre outros motivos, à falta de melhor nível para um amplo e elevado debate sobre como tirar o Brasil do atoleiro moral e ético, e de devolver-lhe o crescimento econômico que terminou por se transformar em briga de portão de feira, com o eleitor forçado a escolher entre “crepúsculo e cabelo crespo”. Em consequência, ótimos projetos de governo vão para o lixo trocados por polêmicas vazias em linguagem sem conteúdo e de baixo nível. Uma campanha que em países civilizados representa o grande espetáculo da democracia, transforma-se, no Brasil, num grande show de baixarias, fofocas e infâmias que só expõem o pior dos nossos líderes.
Thriller Corre um visível arrepio de preocupação entre apoiadores do petista Fernando Haddad, dada a ênfase com que Ciro Gomes afirma não apoiá-lo em nenhuma circunstância. Quem acompanha os fatos políticos sabe que seria um contrassenso, Ciro, depois de ser enganado por Lula, aliar-se com Haddad.