Em meio aos pronunciamentos na tribuna, princípio de incêndio em um refletor no teto do Plenário 13 de Maio fez a sessão ser interrompida
( Foto: José Leomar )
Na primeira sessão ordinária após o fim do recesso parlamentar, ontem, o tema Segurança Pública foi o mais explorado pelos opositores, na Assembleia Legislativa, em meio a sucessivos ataques a ônibus e prédios públicos registrados na Grande Fortaleza nos últimos dias. Um curto circuito na rede elétrica, que provocou um princípio de incêndio no plenário, sem maiores consequências, porém, motivou a suspensão da sessão.
A maioria dos deputados não foi ao plenário da Assembleia, ontem. A sessão foi iniciada com grande atraso pelo fato de, na hora determinada, não haver o quórum necessário para a abertura dos trabalhos, projetando meses difíceis para a realização de sessões deliberativas até o dia da eleição, 7 de outubro.
O deputado Fernando Hugo (PP) foi o primeiro orador de ontem, destacando editorial do Diário do Nordeste sobre a Reforma Previdenciária. Em seguida, Ely Aguiar (DC) lembrou que a mesma série de ações criminosas nos últimos cinco dias ocorreu "há bem pouco tempo", quando outras dezenas de prédios públicos foram atacados e ônibus, incendiados.
"O Governo do Estado disse que não iria admitir esse tipo de ação. A situação voltou novamente, o mesmo filme está sendo exibido. Não será surpresa para mim se essa Casa for atacada e o próprio Palácio da Abolição, porque o Governo, infelizmente, perdeu as rédeas", criticou. "Parece que a Assembleia Legislativa está instalada em Marte, parece que os senhores são lunáticos, porque o Ceará está se acabando em uma verdadeira guerra e aqui não se toca no assunto. Se você olhar para esta Casa, você vê a ausência da base do governo, porque não querem discutir esse assunto".
No momento em que o deputado falava, estavam presentes apenas oposicionistas em Plenário - Roberto Mesquita (PROS) levou o tema à tribuna em seguida - e o governista Yuri Guerra (PP), que não podia se pronunciar naquele momento, porque estava presidindo a sessão.
Somente ao final do discurso de Ely Aguiar, o deputado Evandro Leitão (PDT), líder do Governo na Casa, apareceu para substituir o colega na presidência, mas não pode se pronunciar no Segundo Expediente, como estava previsto, porque a sessão foi interrompida depois de um refletor do Plenário 13 de Maio pegar fogo. O incêndio foi contido por equipe do Corpo de Bombeiros.