Zezinho Albuquerque convocará reunião do Colégio de Líderes e da Mesa Diretora
( Foto: Saulo Roberto )
Após duas semanas de recesso, a Assembleia Legislativa retoma os trabalhos, hoje, tendo pela frente as eleições de outubro próximo, que aumentam a movimentação de deputados nos municípios onde são votados. Se ao longo do primeiro semestre garantir a presença deles nas sessões ordinárias, inclusive nos dias de votação, era uma tarefa difícil, agora, às vésperas da campanha, a tendência é de um esvaziamento maior. A maioria das lideranças de bancada entrevistadas pelo Diário do Nordeste defende redução do expediente no Plenário 13 de Maio, de olho em mais tempo para investidas nos colégios eleitorais, mas outros rejeitam a proposta.
Uma reunião do Colégio de Líderes e da Mesa Diretora deve ser convocada pelo presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), na próxima semana, para decidir sobre o funcionamento da Casa nos próximos meses que antecedem as eleições e o "recesso branco". O termo se refere a um período de férias informais que costuma ser acordado entre deputados, especialmente em anos eleitorais, para ficarem liberados para retornar às suas bases. Neste caso, em geral, as sessões deliberativas ficam restritas a dois ou três dias da semana.
De acordo com interlocutores do Executivo Estadual, não há previsão de encaminhamento de Mensagens relevantes, neste segundo semestre, para o Parlamento, a não ser a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019. Apesar disso, desde fevereiro, tramita na Casa um pacote de três projetos, de autoria do Governo do Estado, que regulamentam a previdência complementar dos servidores estaduais.
O líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), disse que "o que tinha de importante para ser votado, nós conseguimos votar nesse primeiro semestre". O parlamentar acredita ser possível a redução do número de sessões ordinárias, nos próximos meses, para dois dias na semana. "A gente já estava sentindo certa dificuldade no primeiro semestre em conseguir quórum, em alguns momentos, até para abrir a sessão; dirá agora, que nós estamos aí iniciando a campanha".
Sem redução
Já Carlos Felipe, líder do PCdoB, não concorda com mudanças no expediente de trabalho, mas defende uma "flexibilização" em relação aos compromissos dos deputados na Casa às segundas e sextas-feiras. O líder do DC, deputado Ely Aguiar, acha, por outro lado, que os dias e horários em que não há sessão plenária são suficientes para realizar o corpo a corpo com eleitores nos municípios.
O deputado Capitão Wagner, líder do PROS, afirmou, por sua vez, que pretende intensificar o debate no Plenário 13 de Maio, junto com outros parlamentares de oposição, sobre a temática da Segurança Pública no Estado. "Eu defendo que a gente cumpra o mandato normalmente, cumpra a carga horária definida já aqui no Regimento Interno".