Seis meses após a implementação da Reforma Trabalhista, aprovada em novembro de 2017 pelo Congresso Nacional, o deputado Dedé Teixeira (PT) analisou ontem, na Assembleia Legislativa, efeitos provocados pelas mudanças na legislação trabalhista. Para ele, a Reforma só serviu para aumentar a desigualdade social e gerar "empobrecimento" de parcela dos trabalhadores do Brasil.
O parlamentar citou um estudo elaborado pela técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Barbara Vazquez, que aponta para uma "naturalização" das desigualdade sociais com a aprovação da Reforma Trabalhista, ao invés de corrigi-las.
Segundo o estudo destacado pelo petista, os setores mais afetados pelas mudanças na legislação trabalhista são os que convivem com baixos salários, alta rotatividade e informalidade. Ele sustentou, entretanto, que a classe média também não será "poupada" das consequências. "Passa-se, então, para a formalidade de formas precárias de trabalho. Isto pode alterar o indicador estatístico, mas não muda a realidade precária destes empregos", criticou Dedé Teixeira.