As últimas sessões da Assembleia têm registrado uma pequena frequência dos deputados que reservam mais tempo para as campanhas
( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Alguns deputados estaduais já decidiram que não disputarão novo mandato. Outros estão querendo trocar a Assembleia pela Câmara dos Deputados. A conta ainda não fecha por conta de algumas dúvidas deles. De qualquer modo, já decidiram não entrar na disputa os deputados Odilon Aguiar, Mirian Sobreira e Manoel Santana. Joaquim Noronha ainda não decidiu, e Agenor Neto, segundo alguns dos seus colegas, estuda indicar um filho dele como candidato no seu lugar.
Já estão decididos a disputar mandato de deputado federal Capitão Wagner, Rachel Marques, Tomaz Holanda e Robério Monteiro. Todos eles, contudo, têm até o dia cinco de agosto, último dia para realização de convenções partidárias, para mudarem ou não de ideia.
Em suas incursões pelo Interior do Estado, os deputados que tentarão reeleição têm recebido muitas demandas por parte da população, principalmente, nas áreas de Saúde, Segurança e Emprego. Ao Diário do Nordeste, alguns deles explicaram o que seus pretensos candidatos ao Palácio da Abolição têm apresentado como solução para os diversos problemas relatados pelo eleitorado atualmente.
As principais pré-candidaturas ao Governo do Estado não divergem muito sobre que áreas devem demandar mais atenção por parte da gestão pública. No entanto, diante dos discursos apresentados até aqui, o governador Camilo Santana, o general Guilherme Theophilo e o socialista Ailton Lopes têm posições diferentes sobre como atuarão, caso sejam eleitos após a disputa que se avizinha.
Saúde tem sido o principal problema mencionado por eleitores da deputada Silvana Oliveira (PR), que por sinal é médica. A parlamentar, inclusive, já levou a reclamação para a tribuna da Assembleia Legislativa diversas vezes. De acordo com ela, porém, o governador Camilo Santana tem prometido, em um eventual segundo mandato, colocar em pleno funcionamento os hospitais regionais, assim como as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas, as UPAs.
Reclamações
"O foco dos candidatos deve ser o que sempre é prometido melhorar: Saúde, Segurança e Educação. Esses são três itens da administração pública mais fracos", disse o deputado Heitor Férrer (SD). De acordo com ele, a violência ainda é a principal causa de reclamações, assim como a Saúde, que, segundo diz, tem contingente de 18 mil pessoas aguardando por cirurgia.
Capitão Wagner (PROS), por sua vez, defende que os pré-candidatos ao Executivo foquem na questão da austeridade, visto que, em sua avaliação, não é possível fazer gestão de resultados se não houver austeridade e compromisso de cortar o que for necessário para investir onde, de fato, é preciso. "Logicamente que o dinheiro cortado tem que ser investido em áreas prioritárias, como Saúde, Educação, Segurança e Geração de Emprego e Renda. Esses são os pontos mais criticados pela população".
Segundo o deputado, o pré-candidato que ele defende, o general Guilherme Theophilo, do PSDB, tem trabalhado com esse viés, de realizar uma gestão com resultados. "Infelizmente, os gestores não têm compromisso com resultados, com a boa prestação de serviços, com a população, mas com os aliados, com os partidos políticos", apontou.
Para Renato Roseno (PSOL), toda a política de desenvolvimento econômico atual está comprometida. Segundo ele, a candidatura do PSOL reforçará a crítica ao "continuísmo e ao condomínio eleitoral de Camilo e Eunício". Para ele é preciso reconstruir o "Estado Social".