Deputados da Assembleia Legislativa acreditam que o pleito deste ano confirmará uma renovação de até 50% da composição atual da Casa. Segundo alguns parlamentares, os novatos que devem ser eleitos em outubro próximo tendem a tomar o espaço, principalmente, de aliados do Governo Camilo Santana (PT), visto que a bancada governista, atualmente, é representada por até 37 parlamentares.
Muitos deputados que estão no primeiro mandato também devem ser atingidos com a projetada renovação, uma vez que, de acordo com alguns parlamentares, os veteranos no Legislativo já atuam há mais tempo e são mais conhecidos da população. Aqueles com atuação destacada durante os quatro anos da atual Legislatura, segundo eles, também tendem a se beneficiar com o pleito reduzido.
Diferente do que ocorreu em outras eleições gerais, as campanhas de 2018 terão apenas 45 dias de duração, o que tende a ser um fator que pode dificultar candidaturas novas, com exceção daquelas que já possuem histórico político na família ou apoio de lideranças políticas.
"Essa vai ser uma eleição que vai beneficiar o deputado trabalhador. Enquanto na disputa para a Câmara Federal se fala em caras novas, em virtudes do descrédito do homem público, no Legislativo Estadual aqueles que atuaram com mais firmeza tendem a ser beneficiados", disse o deputado Sérgio Aguiar (PDT). Para ele, ao menos 70% dos candidatos à reeleição devem retornar à Casa. "Quem está no mandato vai apenas divulgar seu número. Os que não têm mandato vão correr bem mais para poder se apresentar à população".
Questão de honra
Já segundo Ely Aguiar (PSDC), devido a nomes que são colocados com potencial eleitoral forte, a renovação deve girar em torno de 50% na Casa. "Existem umas candidaturas que são questão de honra para o Governo. Ele vai colocá-los aqui em detrimento de outros que não tem mais interesse", disse.
Para Zezinho Albuquerque (PDT), presidente da Assembleia, a renovação será grande porque até 10% da composição da Casa não pretendem disputar reeleição. É o caso de Rachel Marques (PT), Capitão Wagner (PROS), Tomaz Holanda (PPS) e Robério Monteiro (PDT), todos pré-candidatos a deputado federal. Odilon Aguiar (PSD) também está fora da disputa à reeleição e não pretende disputar cargo eletivo neste ano.