Aos gritos de “Tasso governador”, a oposição reuniu ontem, em Maracanaú, praticamente todas as lideranças do campo opositor ao governador Camilo Santana (PT). No evento, que teve Heitor Férrer (SD) e Domingos Filho (PSD) no mesmo palanque, Roberto Pessoa, Fernanda Pessoa e o prefeito Firmo Camurça se filiaram ao PSDB. Foi o primeiro grande evento da oposição desde as primeiras baixas. Apesar do coro uníssono de diversas lideranças do Interior para uma candidatura do ex-governador, o senador Tasso Jereissati (PSDB) negou ao O POVO a possibilidade. “Não. Estamos construindo (um nome)”. O discurso dos parlamentares presentes era de que a oposição continuava viva e que teria chapa para disputar contra o grupo dos irmãos Ferreira Gomes.
Domingos Filho, que recentemente recebeu autorização para se candidatar, acusou Camilo de ser subserviente aos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (PDT) em diversas decisões como governador. Camilo foi procurado, mas não respondeu às críticas.
Potencial nome para assumir a candidatura, o deputado Capitão Wagner (Pros) quase passou despercebido no evento. Aos jornalistas, disse que o nome estava à disposição do grupo, mas que a decisão deveria ser da ala opositora. “Estamos há seis meses das eleições e estamos em desvantagem”, disse.
Quem surpreendeu no ato e deve assinar ficha de filiação do PSDB hoje é o deputado federal Danilo Forte (DEM). Insatisfeito com a inclinação do partido para se aliar ao governador no Estado, ele admite assinar a ficha de filiação tucana caso Tasso não seja candidato a governador. Segundo ele, a instância nacional do Democratas deu sinal verde e apoiaria o nome do parlamentar tucano caso houvesse a quarta candidatura ao Palácio da Abolição. Seria a única possibilidade de o partido não embarcar com Camilo.
WAGNER MENDES