Oposição retardatária
Segunda-feira, em nova tentativa de afinar discursos, lideranças de oposição reuniram-se com o senador Tasso Jereissati, em Fortaleza. A decisão mais importante, tomada na ocasião, foi a constituição de uma coordenadoria formada pelo senador anfitrião, o deputado Capitão Wagner e o ex-governador Lúcio Alcântara. Em tese, uma formação ideal, levando-se em conta a força político-eleitoral de Tasso; a respeitabilidade e correção de Lúcio Alcântara; e força jovem de Wagner e nada mais. Ficou decidido o envio de caravanas a todos os municípios, para consultar lideranças, orientar políticos com tendência oposicionista, e acertos entre dirigentes, prefeitos e vereadores dispostos a encarar uma disputa que se prenuncia difícil para os não-governistas. Esse propósito de ação deveria ter sido adotado meses atrás, quando as condições favoreciam a revolta de insatisfeitos. Hoje, às condições são extremamente diferentes entre as forças envolvidas na disputa. Camilo Santana coroou o processo da sua reeleição com o apoio do senador Eunício Oliveira. A migração do MDB acabou constituindo-se fatalmente trágica para o senador Tasso e para os seus amigos Roberto Pessoa e Capitão Wagner, sepultando qualquer chance para uma candidatura retardatária.