O Partido Republicano da Ordem Social, o PROS, deu aval para que o deputado Capitão Wagner (ainda no PR) tenha autonomia no comando da legenda no Ceará. O parlamentar, na semana passada, estava dialogando com representantes de algumas siglas, em Brasília. Recentemente ele fez um anúncio público de que se filiaria, no período da abertura do prazo para mudanças de partido, entre março e abril, no PROS.
O ingresso do parlamentar no PROS, se confirmado, dá um pouco de fôlego à bancada de oposição no Ceará após diversas baixas ocorridas nos últimos meses. Dirigente nacional do PROS disse ao Diário do Nordeste que Capitão Wagner se filiará ao PROS na abertura da "janela de migração partidária". A conversa com a executiva nacional, segundo informaram, foi a "melhor possível". "Wagner virá com total autonomia de gestão da sigla no Estado, e também contribuirá com a nacional".
Atualmente, o deputado federal Vaidon Oliveira é o presidente do PROS no Ceará e, segundo informações, a relação entre os dois é de sintonia. "A partir de sua vinda, eles decidirão os rumos do partido no Estado". Dessa forma, Capitão Wagner procurará se fortalecer como liderança política no Ceará.
Ele temia que o PROS também fosse atraído pela base governista, o que não está descartado de acontecer. No entanto, por enquanto, o parlamentar espera fortalecer a legenda se colocando como pré-candidato ao Governo do Estado, contando com apoio de legendas da oposição. Acontece que, de acordo com membros de legendas oposicionistas, existe a possibilidade de se ter mais de um palanque da oposição no Ceará, se Wagner mantiver sua candidatura.
O PROS chegou ao Ceará pelas filiações de Cid e Ciro Gomes. O Partido chegou a ser o maior do Estado, por um certo tempo. Com a saída deles, a agremiação passou por vários comandos, inclusive do deputado Odorico Morais, após ter saído do PT. Odorico hoje preside o PSB, depois do afastamento do deputado Danilo Forte, que por um tempo presidiu o grêmio no Estado. Antes de Danilo o partido ficou por alguns dias sob o comando de Roberto Pessoa, que era do PR e para o PR retornou logo depois de perdido o PSB para Danilo Forte.