O mesmo motivo levou à impugnação das coligações do PT e do PSB rumo à Prefeitura de Fortaleza: ambas registraram o PTC e o PTdoB em suas chapas, o que é proibido pela legislação eleitoral. De acordo com as regras do jogo, um partido não pode fazer parte de duas alianças diferentes.
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Tanto o PTC quanto o PTdoB estão rachados internamente – parte das siglas deseja apoiar o candidato do PT, Elmano de Freitas, e outra parte quer ficar ao lado do concorrente do PSB, Roberto Cláudio. A situação gerou impasses que não foram resolvidos juridicamente até a data das convenções – daí a duplicidade nas coligações.
Agora, cada chapa será notificada pela Justiça e terá prazo de sete dias para se defender, na tentativa de manter a formação original da coligação. Enquanto os processos não são julgados, Elmano e Roberto Cláudio poderão fazer campanha com as siglas em questão. Integrantes do PT e do PSB reagiram com surpresa ao serem indagados pelo O POVO sobre as impugnações.
Tanto o Ministério Público quanto os próprios partidos têm a prerrogativa de questionar na Justiça as alianças adversárias, mas há prazo definido para os questionamentos. Em todo o Ceará, 1.320 registros de candidaturas a prefeito e a vereador foram impugnados, mas o número pode ser ainda maior.
Até quarta-feira, o Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Caopel) do Ministério Público divulgará balanço oficial com todas as impugnações feitas pelo Órgão, que está colhendo informações junto aos promotores eleitorais do Interior. (Hébely Rebouças - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)