Fortaleza, Sábado, 16 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

Coluna Erico Firmo - QR Code Friendly
Sexta, 23 Fevereiro 2018 05:04

Coluna Erico Firmo

Avalie este item
(0 votos)
A eleição com o Capitão Capitão Wagner (PR) não é aventureiro, mas tem senso de oportunidade. Entre esses dois parâmetros, a hipótese de ele ser candidato a governador balança. Agora, com viés de alta. A presença do deputado como adversário de Camilo Santana (PT) muda a disputa. Pelo simples fato de que a oposição passa a ter candidato de fato. Nada contra o Psol, partido de valor. Mas, faltam dinheiro, tempo de propaganda, alianças e maleabilidade, atributos essenciais para se ter chance numa eleição majoritária. O Capitão confere competitividade a uma disputa que caminhava para ser por WO.   Wagner é o pior adversário que o governador poderia ter. Ele personifica a maior fragilidade desta administração — e de todas as anteriores neste século e até antes. Tomou de Heitor Férrer (PSB) o posto de mais perceptível contraponto ao grupo Ferreira Gomes. Família que é principal causa de rejeição — embora, igualmente, fonte maior de apoio ao governador.   Sem dizer uma palavra, Wagner já é oposição a Camilo.   ANTÍDOTO PODE NÃO ESTAR DISPONÍVEL   Na campanha para prefeito, em 2016, Roberto Cláudio (PDT) foi feliz ao neutralizá-lo, com Moroni Torgan (DEM) como vice. O delegado aposentado quer ficar do lado do governo. Mas, o DEM nacional não gosta da ideia de se aliar a um petista. Assim como o PT terá de explicar como autorizou um de seus governadores a se juntar ao “golpista” DEM. Certo, Camilo já está agarrado a Eunício Oliveira (MDB) e nada o faz largar. Mas, o velho novo MDB está atrelado ao PT em vários outros estados. O DEM é caso mais complicado e de mais longa data. Além do que, dificilmente haverá alguém com perfil de Moroni na chapa. Nos bastidores, Zezinho Albuquerque (PDT) é pule de dez para assumir o lugar de Izolda Cela (PDT) na chapa governista. A última eleição do deputado para presidir a Assembleia, em dezembro de 2016, já deu mostras de que seu tempo de comando do Legislativo atingiu o esgotamento. Aquela disputa com Sérgio Aguiar (PDT) provocou fissura na base aliada cuja consequência, entre outras, foi a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).   Então, Zezinho buscará outro caminho e provavelmente será no Poder Executivo, ao lado de Camilo.   RISCOS E FRAGILIDADES DE WAGNER   A disposição de Wagner para ser candidato envolve aceitar riscos. Nos últimos 60 anos, dois governadores foram eleitos como opositores ao Poder Executivo de plantão. Um foi Parsifal Barroso, em 1958. O outro foi Cid Gomes, em 2006. É uma empreitada incerta e, se perder, o Capitão fica sem mandato. Camilo construiu bases sólidas para a reeleição. Costurou aliança que dá tranquilidade da qual Cid Gomes nunca desfrutou. Teve méritos, como atravessar sem sobressaltos a crise econômica na qual muitos estados foram à bancarrota. E os resultados na educação e infraestrutura são expressivos. Na saúde, conseguiu erradicar o surto de sarampo. Mas, os problemas persistem. Na segurança, há o desastre.   No saldo final, Camilo é favorito para se reeleger. Caso decida arriscar o mandato — e desistir da perspectiva de eleger robusta bancada para o Pros, seu futuro partido — Wagner sabe que será para entrar como azarão.   Essa perspectiva havia sido afastada na virada do ano e retornou porque a situação de Camilo na segurança só piora. O Capitão nem via chance. Agora, enxerga alguma.   Entre idas e vindas, Wagner criou alguns problemas para si. Um de seus grandes trunfos é a militância mais barulhenta e articulada entre todos os grupos políticos do Ceará na atualidade. O Capitão é mais arejado e esclarecido que a quase totalidade dos apoiadores — por isso mesmo os lidera. Em nome de agradar essa base, ele se abraçou ao que há de mais retrógrado e repugnante na política brasileira.   Chegou a gravar vídeo com Jair Bolsonaro (PSC-RJ), a quem chamou de presidente. A aproximação entre eles foi motivo, aliás, do afastamento de Tasso Jereissati (PSDB). O Capitão pensava fazer um giro, mas pode ter feito um girau. Na mesma época, Bolsonaro começou a ser alvo de denúncias e questionamentos sobre aumento de patrimônio e uso indevido de verbas. Além do cálculo que Wagner talvez não tenha feito: o pior desempenho de Bolsonaro nas pesquisas é no Nordeste, onde passa longe do apelo de outras regiões.   Agora, Wagner já trata de tentar se distanciar. Mas, esse tipo de movimento deixa nódoas.  
Lido 3115 vezes

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500