Diante das críticas constantes da oposição às políticas adotadas pelo Estado no combate à violência, o deputado José Sarto (PDT), que há tempos não fazia um pronunciamento na Assembleia Legislativa, ontem foi à tribuna do Plenário 13 de Maio para defender as ações do Governo Camilo Santana (PT). Antes, vários oposicionistas haviam criticado a atuação do petista na área de Segurança.
Apesar de ter reconhecido algumas vezes ao longo do discurso que o esforço ainda não é suficiente, o parlamentar frisou que o problema "não se resolve por um decreto" e requer, entre outras atribuições, "coragem" e "sensibilidade" do governante. José Sarto enfatizou o papel do Governo Federal na questão.
Ele subiu à tribuna após Capitão Wagner (PR) ter criticado, em discurso, a falta de investimentos em inteligência no Estado. O governista, por sua vez, citou ações do Governo na área, como a instalação de 70 câmeras de videomonitoramento no Estado. "Se isso não for inteligência, me diga o que é inteligência. O policiamento trocou os rádios que usava por smartphones, inteligentes, que fazem tudo, e o Governo tem investido vários milhões de reais no setor de inteligência. Temos ainda muito o que avançar, entretanto, não se pode dizer que o governador tem sido omisso".
Sugestões
Sarto defendeu que o governador "tem muito a mostrar" e que "governar exige do governante qualidades para além da coragem". Ele lembrou que a oposição criticava os gastos do Governo do Estado com equipamentos, armamentos e viaturas novas, como as Hilux, e destacou que a principal política tem sido a de "investir no homem".
Para Sarto, a problemática na área de Segurança não se resolve por um "decreto que diga: haverá paz". "A questão é muito mais complexa, tem um componente nacional que é fortíssimo. O Governo tem investido em política de segurança social, não dá para simplificar esse discurso".