Governo abalado
As principais lideranças da base do Governo Estadual estão preocupadas com o desdobramento dos recentes episódios policiais do Estado. O registro de uma chacina, como, a do “Forró do Gago”, seguido de uma rebelião na Cadeia Pública de Itapajé, das quais resultaram 24 mortes, são ocorrências anormais que assustam. E tudo num espaço de 48 horas, praticamente um recorde nacional de violência e mortes. Para dar mais confiança à sociedade o governador Camilo adquiriu centenas de viaturas e de modernas motos, novas armas, novos policiais e novos concursos para a Polícia Militar e a Polícia Civil. Como continuar atribuindo, ao poder federal os fracassos na luta contra a criminalidade e a violência? Nesse caso, surge mais um motivo de polêmica, já que, enquanto Camilo insiste em que não recebeu do Planalto um único centavo nos últimos três anos, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirma que os governadores (e isso inclui, naturalmente, o do Ceará) insistem em se queixar, mas, por outro lado “não solicitam o apoio federal por motivos políticos”. Na Assembleia Legislativa, deputados de uma oposição pequena e, ainda por cima, dividida, adiantam estar prontos para partir ao ataque não só por conta da falta de controle da criminalidade, como também devido aos problemas da saúde, para eles uma das piores do País. A esperança é que as decisões tomadas pelo Governador e por setores como o MPE, OAB, SSPDS, Conselho Estadual de Segurança, e AL-CE, por um órgão integrado de combate ao crime, dê a serenidade que a população cobra e merece. Do contrário, o “mar de almirante” e o “céu de brigadeiro” em que navega a reeleição do governador Camilo podem virar procela.
Sem liderança
A falta de liderança da oposição na AL, segundo o deputado Ely Aguiar (PSDC), é motivo que tem levado muitos deputados oposicionistas a assumirem a posição de independentes.
Nepotismo
Um bamba em provocar polêmicas, Heitor Férrer tem projeto tramitando na AL proibindo nomeações de parentes até o terceiro grau por qualquer gestor público.