Renato Roseno pontua que, apesar da crise que atinge a esquerda, o PSOL cresce entre os jovens
( Foto: José Leomar )
A esquerda brasileira saiu como derrotada do pleito municipal do ano passado, com a perda de diversas prefeituras Brasil afora, o que fará falta na disputa eleitoral de 2018. No entanto, parlamentares ligados a esse espectro ideológico da política acreditam que, devido às ações impopulares implementadas pelo Governo Michel Temer, partidos que hoje fazem oposição terão a oportunidade de se reerguer a partir das próximas eleições.
Para deputados entrevistados pelo Diário do Nordeste, é preciso que a representação política esteja alinhada no intuito de fortalecer o projeto nacional de distribuição de renda. Do contrário, demorará mais a retomada de espaços perdidos.
Único representante do PSOL no Parlamento cearense, o deputado Renato Roseno demonstra preocupação com a quantidade de votos que a legenda precisa atingir para eleger um deputado estadual ou federal no Ceará.
Posicionamento
Segundo ele, apesar da crise que a esquerda tem sofrido nos últimos anos, o PSOL tem crescido no setor da juventude. "Nos posicionamos como críticos aos governos petistas e ao golpe parlamentar do impeachment. Nosso posicionamento é o mais coerente, mas agora precisamos nos mostrar", afirmou.
O petista Elmano de Freitas, por sua vez, avalia que a esquerda foi derrotada nas eleições de 2016, mas já se encontra em plena recuperação, principalmente após a execução de programas de centro-direita que, segundo ele, estão retirando direitos.
"No plano da economia, o pensamento social à esquerda tem maioria, mas no campo comportamental a direita tem maioria. Essa dualidade se apresenta no Brasil de hoje, mas no debate de 2018 vai prevalecer o projeto de Nação do nosso País", analisou.
Manoel Santana (PT) diz que tem cobrado do PT que apresente "com clareza" um projeto para o País. "Não é só apresentar o nome do Lula, mas dizer, por exemplo, quais os caminhos que devem ser tomados para diminuir a concentração de renda".