Deputados federais da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes estão em Fortaleza para conhecer a estrutura de prevenção, recolhimento e repressão, no Ceará, para proteger crianças e adolescentes da exploração sexual. Hoje pela manhã, haverá uma audiência com o governador Cid Gomes. O Ceará é o terceiro estado visitado pela comissão, que já passou pelo Rio Grande do Norte e Paraíba. “Estamos visitando vários locais do Brasil e buscamos traçar um diagnóstico, não só da incidência da exploração, mas também quais são as estruturas do Estado para acompanhar as vítimas e punir os culpados. Percebemos muita precariedade nisso”, afirma a presidente da CPI, deputada Érika Kokay (PT/DF). A comitiva visitou, no fi, da manhã de ontem, a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). “De todas as delegacias que visitamos, essa é a que tem a melhor estrutura”, elogia a relatora e deputada Liliam Sá (PSD/RJ). Apesar disso, o efetivo foi considerado pequeno e cobrou-se mais inteligência policial no combate a esse tipo de crime. Na visita aos estados, o objetivo da CPI é pressionar os governos a investirem mais na prevenção e repressão ao crime de exploração sexual de crianças e adolescentes. “A CPI da Assembleia Legislativa apontou 74 pontos de exploração. É preciso identificar as redes e estimular a sociedade para que ela possa denunciar”, enfatiza Érika Kokay. Para fazer o acompanhamento de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, a Prefeitura de Fortaleza possui a rede Aquarela, ligada à Secretaria dos Direitos Humanos (SDH). Até maio deste ano, o programa realizou 263 atendimentos. O Governo do Estado acompanha crianças vítimas de violência através do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas).