Antonio Carlos retorna à Assembleia com uma nova postura: irá defender apenas os interesse do PT
FOTO: PAULO ROCHA/ AGENCIA AL
De volta à Assembleia Legislativa como suplente de deputado estadual, o ex-líder de governo, Antonio Carlos, não subiu à tribuna da Casa na manhã de ontem, mas, nos corredores, criticou o retorno dos colegas petistas ao secretariado do governador Cid Gomes (PSB). Dentro da bancada petista, a postura de Nelson Martins, Camilo Santana e Francisco Pinheiro dividiu opiniões.
Enquanto Antonio Carlos alfineta a decisão dos secretários renomeados, outra ala do partido defende a volta dos colegas ao Executivo como uma forma de manter a boa relação com o PSB. Ocupando a vaga deixada por Nelson na AL, Carlos chegou a dizer que faltou bom senso aos parlamentares que decidiram retornar às secretarias estaduais.
Às vésperas da reunião da executiva petista, os três deputados afastaram-se do parlamento após aceitar convite de Cid para voltar às pastas, ignorando a opinião do partido. “Eles poderiam ter esperado a reunião da executiva, já que ela era de conhecimento de todos, e a apenas um dia da nomeação (...) Poderiam ter pedido para o governador esperar”, opinou o suplente.
Na contramão da postura adotada pelos colegas petistas, o ex-líder do governo retorna às atividades parlamentares prometendo nova voz nas sessões plenárias: “uma ruptura com o PT não é algo a se menosprezar. Não aceito mais a posição de líder do governo e volto para fazer a defesa do PT”, disse.
Boa relaçãoPara o deputado Dedé Teixeira (PT), a volta dos secretários petistas às pastas aponta para algo positivo: o fim da aliança municipal entre PT e PSB não teria comprometido a boa relação entre líderes dos dois partidos no âmbito estadual. Voz neutra na bancada petista, a deputada Rachel Marques esquivou-se de julgar a decisão dos colegas de partido que retornaram aos cargos. Como
ENTENDA A NOTÍCIA
Camilo, Pinheiro e Nelson ignoraram orientação de Luizianne e aceitaram convite de Cid para retornarem ao governo. Eles eram opções de Cid para uma possível aliança com o PT nas eleições em Fortaleza, e tiveram de se desincompatibilizar. O partido, entretanto, escolheu Elmano de Freitas.