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Quinta, 05 Julho 2012 06:42

Coluna Política

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  PRIMEIROS PASSOS PARA RESOLVER A CRISE AGUDA NA CULTURAÉ fundamental ter clareza de que a crise na área de cultura do Estado não é o secretário Francisco Pinheiro (PT), não começou com ele, não se encerra nele e, portanto, não terminaria simplesmente com sua saída. Nada impede, inclusive, que seja resolvida com ele, caso consiga a “virada” que o governador prometeu ontem. A crise não é personalizada, mas sistêmica. Secretaria da Cultura (Secult) se afundou mais a cada dia que passou desses cinco anos e meio do governo Cid Gomes (PSB). É o setor mais maltratado, desprovido de brilho ou iniciativa de uma gestão estadual da qual, goste-se dela ou não, não se pode reclamar, como regra, da falta de ações. Há problema político, de falta de prioridade, de esvaziamento. O último mês escancarou, para completar, que a Secult virou espaço para acomodações politiqueiras - aliás, fracassadas, como se viu no caso do agora novamente deputado Antônio Carlos (PT). Felizmente fracassadas, diga-se. Diante de tal desolação, é alentador perceber que o governador finalmente demonstra publicamente ter consciência desse desmazelo a que está relegada área tão estratégica. Depois de se derramar em elogios às secretarias das Cidades e do Desenvolvimento Agrário, fez tardia, porém bem-vinda autocrítica sobre a Secult. Falou da necessidade de se ter humildade para identificar “erros, problema e omissões”. E, mais importante, prometeu grande plano para promover reviravolta na cultura estadual, num breve espaço de tempo. Prometeu ainda se engajar pessoalmente na empreitada. São os dois primeiros passos para a esperada melhoria - admitir o problema e demonstrar disposição para mudar radicalmente o que está errado. A promessa de envolvimento sinaliza ainda que a cultura pode deixar de ser a “patinha feia” da administração estadual e ter o grau de prioridade correspondente à sua importância. Afinal, o tratamento dispensado até agora ultrapassa, em vários momentos, a fronteira do descaso. Além disso, a participação de Cid, caso consumada, é certeza de resolver a fragilidade política. São os primeiros passos, mas é imprescindível ter clareza de que a caminhada é longa, extenuante, mas inadiável. EUGÊNIO RABELO FOI PEGO NA FICHA LIMPA ELEITORAL E DEVE INAUGURAR A ESTADUALComo informou a coluna Vertical, no O POVO de terça-feira, Eugênio Rabelo (PP) foi obrigado a desistir da candidatura a prefeito de Aracati por estar enquadrado na lei da Ficha Limpa. Impedido de concorrer, ele reassumiu sua cadeira como secretário estadual adjunto das Cidades. Mas há um porém. A Assembleia Legislativa aprovou a extensão da Ficha Limpa para cargos comissionados no Governo do Estado. A emenda constitucional estabelece que os mesmos critérios para ser candidato a cargo eletivo devem ser observados nas nomeações para funções públicas. Se Rabelo não pode concorrer a prefeito, tampouco pode reassumir sua cadeira nas Cidades.
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