A deputada Dra. Silvana (PMDB) solicitou, ontem, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, a expulsão do Policial Militar que agrediu uma mulher no rosto na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, no último domingo (31). A parlamentar avaliou a atitude como “falta de índole e decência” e não falta de treinamento. “Quero repudiar a atitude daquele capitão que bateu barbaramente numa cidadã. Não vejo nenhuma justificativa (para a atitude). Ele tem que ser expulso na Polícia Militar”, defendeu a peemedebista.
Dra. Silvana informou ter procurado o secretário da Segurança Pública do Estado, André Costa. Conforme a parlamentar, o secretário assegurou que o policial seria afastado e todas as providências cabíveis seriam tomadas.
No entanto, a deputada disse que o caso não pode ser generalizado aos demais militares. A parlamentar elogiou o policiamento na Cidade e o tratamento que recebeu quando foi guiada por aplicativo móvel para um lugar errado no último final de semana. “Tinha segurança sim ali dentro naquela hora. É necessário que se faça o reconhecimento. Eles prontamente me guiaram e me deixaram próximo ao shopping (para onde iria) e fizeram excelente trabalho”, ressaltou.
Na ocasião, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), considerou a cena de agressão “estarrecedora para todos nós”. O parlamentar avaliou como “arbitrária” e “truculenta” a forma como o policial agiu. Segundo ele, o secretário da Segurança afastou o policial e já foi instaurado um processo disciplinar administrativo para investigar o caso. “Não podemos aceitar. Mas também não faz parte de toda PM, pois todos eles são treinados e passam por academia”, lembrou.
O deputado Capitão Wagner (PR) disse que a postura do policial não representa a PM, e observou que o treinamento dos policiais só ocorre quando ingressam corporação. Outro problema apontado pelo deputado é a falta de acompanhamento psicológico dentro da PM, pois, segundo ele, a única psicóloga que existia na instituição foi demitida. “Quando não se tem avaliação psicológica, se passa por atitudes como essas”, comentou.