A deputada Silvana Oliveira (PMDB) destacou, ontem, a agressão praticada por um Capitão da Polícia Militar do Ceará contra uma mulher na Avenida Beira-Mar. Silvana se disse preocupada que, com o episódio, as pessoas passem a acreditar que todos os policiais são iguais ao agressor. "Mas não são", disse.
O líder do Governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT), ressaltou ser "inaceitável que tamanha brutalidade" se faça com um cidadão. Por outro lado, ele disse que não é correto achar que faz parte de toda a corporação.
Também em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) reforçou que a atitude não representaria a Polícia Militar, mas criticou a falta de treinamento dos policiais, antes destacado pelo líder do Governo. Wagner relatou, ainda, que a única psicóloga que existia na Polícia Militar, responsável por cuidar dos mais de 17 mil policiais, teria sido demitida. "Hoje não existe psicólogo na Polícia Militar", denunciou.
As palavras do republicano não agradaram ao líder do Governo. Evandro interferiu, dizendo que não estava mentindo e cobrou respeito por parte do colega de Parlamento. O bate-boca só foi interrompido quando os microfones foram desligados.
Na sequência, também em aparte, Danniel Oliveira (PMDB) ratificou as palavras de Wagner e também chamou atenção para que não haja generalização. "O corpo da Polícia Militar é formado com 99% de pessoas que se esforçam. Mas também tem policial no Interior que não tem munição para seu revólver. E não tem treinamento".
Na Câmara Municipal de Fortaleza, também houve críticas a ação do oficial, com a ressalva de ser ele uma das poucas exceções dentre os integrantes da PM.