O PSOL entrou no último dia 7 de março com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a criminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. A medida foi criticada ontem, na Assembleia Legislativa, pelo deputado estadual Lucílvio Girão (PP), que disse respeitar a opinião do partido, mas se posicionaria totalmente contra. "Como médico e acima de tudo cristão católico, não posso aceitar essa história de aborto".
O parlamentar ressaltou que o PSOL aponta justificativas que para ele são aceitáveis, como quando diz, na ação, que as mulheres mais excluídas fazem aborto nas periferias sem higiene nenhuma. "Isso é realidade, concordo. Às vezes é feito pela parteira sem experiência de fazer uma curetagem e acontece de deixar restos placentários, de embrião e fetos e isso pode levar a uma infecção, principalmente na região do baixo-abdômem, que pode levara a uma infecção até generalizada", destacou.
Lucílvio disse ser contra o aborto quando hoje existem meios de prevenção da gravidez. "Tem a camisinha, o DIU e até as laqueaduras que a lei permite que sejam feitas quando a mulher tem mais de 25 anos e dois filhos", justificou