Representantes dos dois grupos na eleição interna da direção do PT acreditam que a situação atual da sigla reforça necessidade de “recadastramento” de filiados. Segundo o presidente da executiva municipal, Elmano de Freitas, “influências externas” também expressam necessidade de dar vigor à situação de oposição do partido e proibição de participação na administração municipal.
“O fato expressa algo que temos conversado muito, que é a necessidade de termos recadastramento de filiados no partido. Temos um conjunto de lideranças que vem ao PT, constroem ao partido, e, em algum momento, não querem mais estar no PT. Alguns saíram mas ficaram filiados. São esses, fundamentalmente, que são influenciados”, disse Elmano.
Ele e o grupo de Deodato Ramalho, ligado à deputada federal Luizianne Lins, creem que diversos nomes que estão no PT mas criticam decisões do partido estão “formalmente” filiados mas, “na prática, fora”.
Para o atual presidente estadual Francisco de Assis Diniz – e adversário de Elmano na eleição da executiva, que deve ocorrer em maio –, o recadastramento “é uma das principais bandeiras” levantadas na direção.
“Vamos ter que recadastrar em Fortaleza a base do partido. É inadmissível o que nós assistimos ao longo dos anos sobre processo de ampliação de filiação”, argumentou De Assis Diniz.
Elmano salienta que é preciso “retirar a possibilidade” de cargos na Prefeitura. “Não queremos pessoas trabalhando em um projeto que não acreditamo”.