Antecipando o debate eleitoral de 2018, principais lideranças políticas do Estado, como o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), realizaram encontros no último sábado, 7, e reafirmaram posições para a disputa política em 2018.
Na presença de representantes dos partidos PR, PSDB, PSD, PMDB e Solidariedade, Eunício criticou seus principais adversários locais e afirmou que não cometeu ilegalidades desde que entrou na vida pública.
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Ao lado de Capitão Wagner (PR), Luiz Pontes (PSDB) e Lúcio Alcântara (PR), o presidente do Congresso voltou a atacar os irmãos Ferreira Gomes em relação às obras inacabadas por administrações de aliados dos ex-governadores.
“Aqui no Ceará gastaram milhões com obras megalomaníacas, inacabadas e sem serventia ou consulta à população. Porque motivo gastar o montante de R$ 128 milhões com os tatuzões e mais de R$ 140 milhões com o Acquario?”, questionou.
Em uma espécie de campanha antecipada, o senador anunciou, durante o encontro, a publicação no Diário Oficial da União da liberação de R$ 516 milhões para a conclusão das obras que vão trazer as águas da Transposição do são Francisco para o Ceará.
O evento, realizado em Limoeiro do Norte, atraiu diversas lideranças opositoras ao governador Camilo Santana (PT) e ao prefeito Roberto Cláudio (PDT).
Adversários
Em Sobral, os irmãos Ferreira Gomes, Cid, Ciro, Ivo e Lúcio, se reuniram com aliados para as primeiras discussões sobre a eleição de 2018. O prefeito Roberto Cláudio e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), participaram do encontro.
O ex-governador Cid adiantou que o principal objetivo do PDT é fortalecer a bancada de deputados federais para a Câmara dos Deputados. Durante a fala, ele citou potenciais nomes da sigla que podem disputar uma cadeira em Brasília.
Napoleão Viana, Antonio Martins, Robério Monteiro, Mauro Benevides Filho, Mosiah Torgan, entre outros foram citados pelo ex-ministro.
Já o irmão, Ciro Gomes, voltou a criticar a política econômica do presidente Michel Temer (PMDB) e o que chamou de “retrocessos”, como as reformas da previdência, da terceirização e do trabalho.
“Hoje se toda a amargura que essa gente está fazendo, preservando os privilégios de meia duzia de barões e pesando a mão perversa sobre a nossa gente funcionar, vai terminar esse ano o governo com mais de R$ 140 bilhões de rombo nas contas públicas”, criticou.
Aos gritos de “Fora Temer” dos aliados políticos, Ciro falou praticamente como pré-candidato à presidência da República e criticou diversas ações da gestão peemedebista.
“Precisamos agora ajudar a organizar e a esclarecer a consciência do brasileiro. A agenda de desmonte está sendo em marcha acelerada... É tão escandaloso e grave que a televisão não consegue esconder”, afirmou.
Ciro voltou a chamar Temer de “chefe de quadrilha” e pediu apoio dosa aliados para 2018. (Wagner Mendes)