Para além da disputa interna no Partido dos Trabalhadores (PT), em Fortaleza, marcada para acontecer no próximo domingo (9), o que está em questão é o posicionamento da sigla pelos próximos anos. A bancada petista na Assembleia Legislativa acredita que o acirramento interno na legenda pode fragilizar o grêmio futuramente, dados os pensamentos distintos daqueles que estão na disputa.
O Processo de Eleição Direta (PED) do PT acontecerá no domingo com duas candidaturas disputando o comando do partido na capital cearense. O vereador Acrísio Sena, do Bloco de Esquerda, disputa com o apoio das correntes Militância Petista, Militância Socialista, Avante 21, Campo Democrático e Movimento PT. Já o ex-vereador Deodato Ramalho tem apoio das correntes Casa Vermelha, Articulação, Democracia Socialista e outras.
Enquanto Acrísio apoiou a candidatura do prefeito Roberto Cláudio (PDT) no segundo turno das eleições municipais em Fortaleza, no ano passado, Deodato defende que o PT siga fazendo oposição ao gestor da Capital, bem como aos líderes políticos no Estado, Ciro e Cid Gomes, ambos do PDT.
No cenário estadual duas candidaturas estão postas: Francisco de Assis Diniz disputa a reeleição apoiado pelo mesmo bloco que apoia Acrísio Sena. Já o deputado Elmano de Freitas, que não estava disposto, no início, a concorrer a nenhum cargo de direção da sigla neste ano, lançou candidatura na última segunda-feira (3). No domingo, além da eleição do presidente municipal e do diretório, serão escolhidos os delegados que participarão do congresso estadual, que acontecerá de 5 a 7 de maio.