Tem sido comum desde o início do atual período legislativo o encerramento das sessões ordinárias da Assembleia Legislativa bem antes do horário regimental previsto, devido a falta de oradores para debaterem assuntos inerentes à sociedade cearense. Para alguns deputados estaduais, isso tem se dado por conta da redução do número de opositores, o que inviabiliza um acirramento dos debates em plenário. Outros acreditam que alguns parlamentares têm buscado se aproximar mais de suas bases, a fim de evitarem críticas que vêm recebendo da população.
Na sessão plenária de ontem, por exemplo, às 10 horas, enquanto o painel eletrônico registrava a presença de 22 deputados, somente sete estavam, de fato, presentes e atentos às discussões no Plenário 13 de Maio. Eram eles: Rachel Marques (PT), Leonardo Pinheiro (PP), Danniel Oliveira (PMDB), Tomaz Holanda (PMDB), Manoel Santana (PT), Ferreira Aragão (PDT) e Ely Aguiar (PSDC).
Uma hora depois, quando do encerramento dos trabalhos, às 11 horas, enquanto 30 tinham registrado presença, somente nove permaneciam no plenário: Elmano de Freitas (PT), Augusta Brito (PCdoB), Rachel Marques, Lucilvio Girão (PP), Manoel Santana, Ely Aguiar (PSDC), Mário Hélio (PDT), Heitor Férrer (PSB) e Tomaz Holanda.
Estratégia
A situação não é nova na principal casa legislativa do Estado e, no início do terceiro mês de trabalhos, os debates têm se limitado, principalmente, às quintas-feiras, quando há deliberação de matérias de interesse do Governo. Deputados da oposição, inclusive, têm reclamado do que denominam de "estratégia" da base governista que, após votar as matérias oriundas do Executivo, tem deixado o Plenário 13 de Maio, o que inviabiliza ainda mais as discussões na Casa.