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Reajuste começa a tramitar; Heitor Férrer pede devolução - QR Code Friendly
Quarta, 08 Março 2017 04:48

Reajuste começa a tramitar; Heitor Férrer pede devolução

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Assim que o projeto de reajuste dos servidores estaduais foi lido em plenário, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa partiu para o ataque contra a matéria. Eles contestam o cálculo do Governo do Estado, que propõe revisão salarial em duas faixas, de 2 e 6,29%.   O deputado Heitor Férrer (PSB) solicitou que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), devolvesse a matéria ao Poder Executivo, justificando que a proposta não concederá reajuste a categoria. “Com o aumento do valor da Previdência, os trabalhadores terão 3% a mais de desconto no salário. Se o governador pretende dar um reajuste de apenas 2%, os servidores terão prejuízo”, frisou ele, acrescentando que “se fôssemos somar, o Governo não deu reajuste aos trabalhadores por dois anos, e a reposição da inflação desse período é de 18%. É vergonhoso enviar uma matéria dessas para a Assembleia, portanto devemos devolver essa maldade para o chefe do Executivo”.   Heitor cobrou, ainda, a tabela de valores referentes aos cargos, que não foi anexada a matéria. “Essas tabelas têm que vir na lei. Isso é inaceitável, será um atropelo feito a essa Casa Legislativa com o qual não podemos concordar”, criticou. Lembrou ainda que, durante audiência em fevereiro, o secretário da Fazenda do Estado, Mauro Filho, afirmou que o Ceará teve as metas fiscais alcançadas com aumento real da arrecadação dos tributos e das receitas correntes. “O secretário disse que o desempenho das receitas correntes pode ser considerado excelente, já que elas ficaram acima da previsão do quadrimestre em 16,88%. Se o Estado está bem, os servidores precisam de reajuste real”, salientou.   Na visão do deputado Ely Aguiar (PSDC), a mensagem pode ser classificada como “exploração aos servidores públicos”. “O que me estarrece é o silêncio dos servidores frente a essa exploração do Estado”, disse ele. Já Roberto Mesquita (PSD) afirmou que o Estado tem condição de fazer um aumento de, no mínimo, 7%, repondo assim a inflação. Ainda segundo ele, o Executivo possui “caixa” para pagar, pelo menos, a inflação, pois aumento diversos impostos. “O menor aumento que o governador Camilo Santana pode dar ao servidor público é de 7%, porque estaria repondo apenas a inflação, sem qualquer aumento real”, disse ele ao jornal O Estado.   Defesa Aliado do Governo, o deputado Dr. Santana (PT) saiu em defesa da proposta e justificou os percentuais lembrando que há uma crise econômica no País “sem precedentes”. “É preciso ter muita responsabilidade neste momento e não agir com demagogia”, frisou ele, ressaltando que, quando os estados entram em crise, os mais prejudicados são os servidores. Como exemplo, citou o Rio de Janeiro “que virou praça de guerra, por causa de um governo perdulário e corrupto”. Dr. Santana lembrou que o Ceará é um Estado pobre, mas se comportou de forma correta, para continuar ampliando os serviços, como Saúde, Educação e Segurança Pública. “O governador Camilo realizou reajuste diferenciado, para os que estão com salários mais defasados. Avançar além disso, seria um ato de extrema irresponsabilidade. Sem novos investimentos, o desenvolvimento do Estado pode estagnar e deixar de gerar novas oportunidades de emprego”, observou. O deputado Carlos Felipe (PCdoB), por sua vez, pontuou que gestor público precisa ter responsabilidade. “Não estou satisfeito com os 2% de reajuste, que o Governo está propondo, mas compreendo as dificuldades do Estado. Temos que discutir com seriedade e responsabilidade e não com demagogia.”
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