Deputados integrantes da comissão especial para acompanhar e monitorar as obras da transposição do Rio São Francisco, da Assembleia Legislativa do Ceará, desembarcam esta semana em Brasília. Entre as preocupações e temas a serem abordados estão a apresentação de propostas e articulação junto a bancada federal.
O deputado Carlos Matos (PSDB), presidente da Comissão, destacou que “estão todos indignados com essa indiferença com a situação e com o risco de colapso (hídrico) em Fortaleza”. De acordo com ele, será realizada uma manifestação em praça pública como “Grito de Alerta” aos governos e à sociedade. A mobilização está prevista entre os dias 21 e 24 deste mês.
Matos ressaltou ainda ser preciso buscar foco nas ações. Por isso, das 24 propostas acertadas anteriormente pela Comissão para pressionar os Governos, serão articuladas três ou quatro ações, explicou o deputado. Essas medidas devem ser acertadas em reunião com representantes do setor produtivo do Estado, conduzida por Carlos Prado, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Na última sexta-feira, a comissão se reuniu para discutir diversos assuntos relacionados a transposição do São Francisco. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério de Integração Nacional, Marlon Cambraia, surpreendeu a todos com uma “previsão pessimista” para inauguração das obras do Rio São Francisco no primeiro semestre de 2018.
A transposição no Eixo Norte está com 94,52% das etapas concluídas, e a última previsão de finalização da obra é o segundo semestre deste ano. A expectativa é atender ao reservatório de Jati (CE) em agosto e à Região Metropolitana de Fortaleza em setembro de 2017.
De acordo com Marlon, atualmente o Ministério está analisando as propostas apresentadas pelas empresas licitantes, que darão continuidade à execução das obras, e o resultado deve sair ainda em março.