O deputado Elmano Freitas (PT) critica a reforma da Previdência Social proposta pelo Governo Michel Temer. Ele diz estar preocupado com as mudanças defendidas pelo Palácio do Planalto, por exemplo, para as aposentadorias rurais e de professores.   O petista afirma que qualquer cidadão com o mínimo de sensibilidade social reconhece que a reforma é contra o trabalhador e a juventude. Além disso, para o parlamentar, duas classes sofrerão ainda mais com a reforma. Professores e trabalhadores rurais, que antes poderiam se aposentar com dez e cinco anos, respectivamente, antes das demais categorias, mas, com a reforma, passam para o mesmo tempo de exigência.   Outro ponto que, segundo o deputado, prejudicará o País, é que muito do dinheiro que circula no comércio das capitais e do interior vêm da aposentadoria da população. “O comércio do nosso Estado é praticamente sustentado por pessoas beneficiadas pelo programa Bolsa Família e aposentados”, frisou ele, convidando a população para participar, no dia 8 de março, do manifesto das Mulheres em todas as capitais brasileiras. A reforma tem sido alvo de debate na Assembleia Legislativa. Na semana passada, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) classificou a reforma de “aposentadoria pé na cova”, considerada, por ele, desastrosa. “Temos que intervir junto aos nossos representantes federais para que não passe”, sugeriu. O parlamentar acrescentou ainda que a proposta é inconstitucional por ferir os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. E que, por isso, se trata de uma afronta aos trabalhadores dos setores público e privado. Dra. Silvana (PMDB), por sua vez, saiu em defesa do governo federal e discordou dos demais parlamentares. Para ela, a proposta deve ser pensada de forma justa, trazendo serenidade para o País.   Discussão Os deputados Fernando Hugo (PP) e Moisés Bras (PT) defenderam um debate amplo sobre o assunto como pauta para discussão nos próximos dias na Assembleia Legislativa. Fernando Hugo, inclusive, defendeu um amplo debate sobre a reforma, onde políticos e população estivessem “desnudos” de ideologias partidárias para pensar em uma reforma atenda as verdadeiras necessidades da população.